Merendeira relata que após denunciar privação de refeição para alunos em escola de SAJ foi demitida: “queriam apenas 5 alunos para tomar o café”

Foto: Divulgação

SEGUNDO ELA, A COORDENADORA ACHAVA QUE OS OUTROS ALUNOS NÃO PRECISAVAM TOMAR O CAFÉ DA MANHÃ

Uma mulher de prenome Sandra, que é ex-funcionária do escola municipal Antônio Fraga, foi demitida pela prefeitura de Santo Antônio de Jesus, após descumprir orientação da coordenação escolar, em privar estudantes de fazer refeição.

Segundo informações da própria merendeira era orientada a seguir um cardápio feito pela nutricionista municipal, onde pela manhã deveria ser dado o café da manhã, e pela tarde o almoço.

Em entrevista à Recôncavo FM, dona Sandra afirma que foi orientada a escolher os alunos que iriam fazer a primeira refeição do dia, “a coordenação da escola queria que eu pegasse apenas 5 alunos e colocasse eles na sala dos professores para tomar o café, enquanto os outros não tomariam nada”, denunciou.

A merendeira ainda fala que procurou a direção da escola para reclamar o que estava acontecendo e ver o que poderia ser feito, “cheguei na diretora e falei que isso não é certo, as crianças todos, dias me perguntando, tia porque eles tomam café e nós não? Falamos a ela, isso tem que mudar, porque fartura no colégio tem! Logo quando cheguei a entrar no depósito tinha mais de 50 quilos de alimentos, e no cardápio vinha escrito que é importante ser feita às duas refeições, e estavam dando apenas uma, então ela falou que não era para ser dado o café a todos, era só para as crianças que ela acharia, que tinha mais necessidade e as outras não teriam”, afirma.

Outra questão apontada pela ex-funcionária foi a circulação de ratos no depósito de alimentos da escola, “colocaram uma ratoeira dentro do depósito, e falei que não podia fazer isso, mas ela disse que tem que colocar sim, porque iria indenizar o colégio para o próximo mês, sem contar que a porta da cozinha fica aberta e as crianças circulando no meio, correndo o risco de uma panela cair e causar um acidente”, finaliza.

Sandra contou que tentou contato com a secretaria de educação, Renilda Nery, mas não obteve resposta. Disse ainda, que chegou a procurar o prefeito Genival Deolino, que a orientou a aguardar em um prazo de 10 dias para a reposta da secretaria mediante a situação, “até o momento a secretária não respondeu”.

Logo após a denúncia, Sandra apontou que a resposta dada a ela foi o seu afastamento do serviço e em seguida, informada que não fazia mais parte da equipe de merendeiras do colégio.

O Voz da Bahia entrou em contato com a secretária, professora Renilda, que até o fechamento desta matéria não havia se pronunciado. Foi ainda mantido o contato com assessora da comunicação da prefeitura, senhora Sana, desde desta segunda-feira (08) e também não havia nos dado uma resposta para a denúncia da merendeira.

Redação: Voz da Bahia

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