O aumento da prática de atividade física poderia evitar pelo menos 5 milhões de mortes por ano, segundo estimou a Organização Mundial da Saúde (OMS) ao lançar linhas orientadoras para a área, por meio de um guia. O combate ao sedentarismo deve ser praticado por pessoas de todas as idades, inclusive àquelas com condicionantes físicas por motivo de doença, defendeu a entidade.
O órgão disse que atividade física praticada regularmente é fundamental para a prevenção e o controle de doenças cardíacas, diabetes tipo 2 e câncer. Além disso, ajuda também a diminuir os sintomas de depressão e ansiedade, “reduzindo o declínio cognitivo” e melhorando a memória.
No guia, a OMS ressalta que toda a atividade física é benéfica e pode ser feita de várias formas, desde o desporto até exercícios no dia a dia, como a jardinagem, a caminhada ou a dança.
A recomendação é que pelo menos duas horas e meia a cinco horas, por semana, sejam voltadas para atividade aeróbica, de moderada a vigorosa, no caso dos adultos e, em média, de uma hora por dia para crianças e adolescentes. Dados da OMS revelaram que um em cada quatro adultos não pratica exercício físico suficiente. A situação é a mesma se passando com quatro em cada cinco adolescentes.
“Globalmente, estima-se que isso custe US$ 54 bilhões em cuidados diretos de saúde e mais US$ 14 bilhões em perda de produtividade”, diz o documento. O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom, afirmou que ser fisicamente ativo é fundamental para a saúde e o bem-estar. “Pode ajudar a adicionar anos à vida e vida a anos”, concluiu, lembrando que cada movimento conta, especialmente em meio às restrições associadas à pandemia. (Aratu)