A Operação Overclean, deflagrada nesta terça-feira (10) pela Polícia Federal (PF), investiga um esquema de corrupção que inclui fraudes licitatórias e superfaturamento em contratos públicos na Bahia.
Um dos principais alvos é o vice-prefeito de Lauro de Freitas, Vidigal Galvão Cafezeiro, que também exerceu os cargos de secretário de Saúde, coordenador de Combate à Covid-19 e secretário de Infraestrutura no município.
Segundo a PF, Vidigal é suspeito de envolvimento em irregularidades na gestão do Fundo Municipal de Saúde, de onde teriam saído recursos para a empresa PAP Saúde Ambiental Eireli, administrada por Alex Parente, apontado como líder do grupo criminoso.
As fraudes abrangem também contratos com o Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS), órgão federal alvo do esquema.
Além da gestão pública, as investigações apontam que Vidigal teria solicitado uma vantagem indevida a Alex Parente, pedindo que ele pagasse uma dívida pessoal de aluguel de veículo no valor de R$ 2.185,42. Segundo o Ministério Público Federal (MPF), a solicitação não tem justificativa plausível, a não ser pela relação próxima entre Alex e a Prefeitura de Lauro de Freitas.
Outro nome central nas investigações é o de Ailton Figueiredo Souza Júnior, servidor com acesso irrestrito a setores da Prefeitura.
Ailton é acusado de operar diretamente o esquema no município, dando ordens para pagamentos de contratos fraudulentos, incluindo os relacionados à PAP Saúde Ambiental. Ele teve a prisão preventiva decretada pela Justiça.
A Operação Overclean segue em andamento, com mandados de busca e apreensão cumpridos em Lauro de Freitas e outros municípios. Os investigadores acreditam que os desvios podem ultrapassar R$ 1 bilhão.