Policiais militares são presos por suspeita de envolvimento na morte de adolescente indígena na Bahia

Polícia Federal deflagra operação para apurar homicídio de menor indígena no sul da Bahia — Foto: Divulgação/PF

Três policiais militares foram presos, nesta quinta-feira (6), suspeitos de envolvimento na morte do adolescente indígena Gustavo Conceição da Silva, de 14 anos. As prisões ocorreram durante a “Operação Tupã”, da Polícia Federal (PF), que cumpriu mandados de prisão e busca e apreensão nas cidades de Teixeira de Freitas, Itamaraju e Porto Seguro, no extremo sul da Bahia.

O adolescente morreu após ser atingido por disparo de arma de fogo em ataque realizado a um grupo de ocupantes de uma fazenda situada na cidade de Prado, no sul da Bahia, no dia 4 de setembro.

De acordo com a PF, após a prisão, os suspeitos foram encaminhados para o Departamento de Polícia Técnica (DPT) para fazer o exame de corpo de delito.

Em seguida, os PMs foram levados para a base da Justiça Federal, em Teixeira de Freitas, onde passaram por audiência de custódia. A PF não deu detalhes sobre a investigação, que está em segredo de justiça.

Na ocasião, foram apreendidos celular, armas, notebook e material biológico. A operação da Polícia Federal foi coordenada com a Polícia Civil e a Corregedoria Geral da Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP).

Relembre o caso
O crime aconteceu na madrugada de 4 de setembro. Gustavo Conceição da Silva foi baleado em uma fazenda na cidade de Prado, no extremo sul da Bahia.

Na época, a Polícia Militar informou que equipes da 88ª Companhia Independente foram acionadas por moradores que informaram a presença de homens armados em dois veículos e que efetuavam disparos de arma de fogo na região de Corumbau.

Os policiais realizaram buscas pelo local, mas não encontraram os suspeitos. A vítima foi levada ao Hospital de Itamaraju, mas não resistiu aos ferimentos.

O caso ganhou repercussão com uma foto na qual a vítima segurava uma cartaz com a frase: “os Pataxós pedem socorro”.

O Colégio Estadual Indígena Kijetxawê Zabelê, localizado na Terra Indígena Comexatibá, em Prado, publicou uma nota de pesar sobre a morte do jovem, que era ex-aluno da instituição. De acordo com os profissionais responsáveis pela escola, um outro adolescente teria sido baleado, mas não houve confirmação dessa informações na época. (G1)

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