Em entrevista ao Fantástico, Regina Duarte sinalizou que não deve destinar atenção e verbas a grupos minoritários e disse que o dinheiro público deve ser utilizado “de acordo com algumas diretrizes”.
“Você não vai fazer filme para agradar a minoria com dinheiro público.”
Todos estão livres para se expressar, contanto que busquem seus patrocínios na sociedade civil”, disse a secretária especial da Cultura.
Na mesma entrevista, Regina disse que a Lei Rouanet precisa ser democratizada. “O bolo pode ser repartido em fatias mais equilibradas, mais justas, para todo fazedor de cultura, de arte.”
A atriz disse que não sente nenhum desconforto em relação ao fato de Bolsonaro ser saudosista ao período da ditadura militar no Brasil. “Eu estou vivendo a história do meu país do jeito que ela vem. Porque a história ela é… Ela anda.”
Os primeiros dias no cargo foram marcados por “enormes dificuldades”, segundo Regina, que afirmou que há uma facção que quer ocupar o seu lugar. “Quer que eu me demita, que eu me perca”, disse. “Já tem uma hashtag #ForaRegina. Eu nem comecei!”
Nesta primeira semana de gestão, a atriz exonerou nomes ligados à ala olavista do governo. “Exonerações são necessárias. Eu quero ter uma equipe na qual eu possa confiar”, disse.
Entre as exonerações oficializadas está a de Dante Mantovani, da Funarte, a Fundação Nacional de Artes, que é aluno do guru de Jair Bolsonaro, Olavo de Carvalho, membro da Cúpula Conservadora das Américas, e já fez declarações ligando o rock ao satanismo.
Uma possível futura demissão é a de Sérgio Camargo, da Fundação Palmares. Nas palavras da secretária, Camargo é “ativista, mais que um gestor público”. No entanto, ela diz que está “adiando esse problema”, para baixar a temperatura. “E logo, logo a gente vai ver.” (Politica Livre)