Relatório das Forças Armadas sobre urnas eletrônicas será entregue ao TSE nesta quarta

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Militares acompanharam processo eleitoral após pedido do presidente Jair Bolsonaro que fez questionamentos referentes ao sistema eletrônico de votação

O Ministério da Defesa informou nesta segunda-feira, 7, que será encaminhado ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nesta quarta-feira, 9, o relatório do trabalho de fiscalização do sistema eletrônico de votação das eleições 2022.

O procedimento foi feito por uma equipe de técnicos militares das Forças Armadas. Em 19 de outubro, a Defesa disse, por meio de um documento, que o relatório de fiscalização das urnas seria enviado à Justiça Eleitoral apenas após o segundo turno. Na época, a resposta foi direcionada ao presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes, que havia solicitado os documentos sobre o processo eleitoral. As Forças Armadas acompanharam o pleito depois de um pedido presidente Jair Bolsonaro (PL), que fez questionamentos referentes ao sistema eletrônico de votação. O documento é bastante aguardado por membros do atual governo, que atribuem a ele o atestado de lisura na votação que elegeu Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para um terceiro mandato, além de governadores, senadores, deputados federais e deputados estaduais.

Se as Forças Armadas indicarem que houve indícios de irregularidade ou, no mínimo, inconsistências na vitória de Lula por margem de aproximadamente 2 milhões de votos — o resultado mais apertado da história —, os protestos que eclodiram após as eleições deverão se intensificar. Um dos principais motivos relatados pelos manifestantes é a falta de confiança nas urnas. Além disso, eles acreditam que o processo eleitoral foi mal conduzido pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), hoje presidido por Alexandre de Moraes, e não aceitam a participação do petista nas eleições sob o pretexto de que ele foi “liberado por uma manobra do STF”. Os atos começaram logo após o pleito, no dia 30, com bloqueios em rodovias por caminhões. Desde o último dia 2, alguns dos integrantes das manifestações ocupam ruas em frente a bases militares em todos os cantos do país, como o Comando Militar do Sudeste, em São Paulo (Ibirapuera), o Comando Militar do Leste, no Rio de Janeiro (Praça Duque de Caxias), e o Quartel General do Exército, em Brasília. (JP)

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