PF suspeita que empresários usam produtos extraídos de reservas ambientais na região amazônica
Suspeito de movimentar cerca de R$ 16 bilhões com comércio ilegal de ouro extraído de terras indígenas, o garimpeiro Márcio Macedo Sobrinho foi solto na última sexta-feira (29). A decisão foi de um dos juízes do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), Pablo Zuniga Dourado.
Na decisão, Dourado condiciona a liberação do empresário à apresentação e comprovação do seu local de residência. Além disso, juiz exige que o garimpeiro firme um termo de comparecimento a todos os atos da investigação.
O juiz afirmou ainda que um dos motivos para a soltura do empresário é que as atividades da mineradora já foram suspensas pela Justiça, “circunstância que reforçaria a tese da impossibilidade de que, livre, possa voltar a atentar contra a ordem pública e desautoriza a manutenção da segregação cautelar”.
De acordo com a Folha de São Paulo, os investigadores suspeitam que empresários usam um garimpo nas proximidades de Itaituba, no Pará, para “esquentar” minério retirado de território yanomami. A Polícia Federal tem ainda indícios de que a prática inclui também produtos extraídos de outras reservas ambientais na região amazônica. Entre elas, terras indígenas no Pará, Roraima e Rondônia. (Metro1)