O Ministério Público de Pernambuco (MP-PE) anunciou, na última terça-feira (8), que não encontrou indícios de ilegalidade nas transações financeiras do cantor Gusttavo Lima. O artista havia sido indiciado pela Polícia Civil de Pernambuco por suposta lavagem de dinheiro relacionada a jogos ilegais e por envolvimento em uma organização criminosa. Embora a Justiça tenha decretado sua prisão preventiva em 23 de setembro, o Tribunal de Justiça revogou a ordem no dia seguinte, permitindo que a investigação continuasse.
Em seu parecer, o MP-PE considerou os indícios de lavagem de dinheiro frágeis. Entre as evidências apresentadas, destacam-se dois pagamentos significativos de R$ 4.947.400,00 e R$ 4.819.200,00 feitos pela empresa HSF Entretenimento à Balada Eventos e Produções Ltda., do cantor. O relatório também observa que a investigação está ligada à compra de uma aeronave Cessna 560XLS, com promotores mencionando a existência de contratos e distratos relacionados à transação.
Outro ponto levantado foi a apreensão de R$ 112.309, além de 1.005 dólares, 5.720 euros e 5.925 libras encontradas no cofre da empresa de Gusttavo Lima. No entanto, o MP-PE argumenta que essa quantia não comprova a origem ilícita do dinheiro. O desembargador que revogou a prisão preventiva do cantor criticou a decisão da juíza, afirmando que a fundamentação apresentada não demonstrou a materialidade ou indícios suficientes de autoria dos crimes.
A defesa de Gusttavo Lima afirmou que o parecer do MP-PE comprova que o cantor e suas empresas não praticaram crimes relacionados à lavagem de dinheiro, organização criminosa ou exploração de jogos ilegais. O sertanejo ressaltou que todas as transações comerciais foram devidamente documentadas por contratos e comprovantes bancários. Além disso, a defesa apresentou extratos bancários que atestam que os valores encontrados no cofre da Balada Eventos são oriundos de saques da conta da empresa. Até o momento, a Justiça ainda não se pronunciou sobre o parecer do MP-PE.