Após decisão judicial, família de idoso morto em operação policial consegue registrar B.O.

Caso aconteceu há mais de três meses; Polícia Civil instaurou inquérito para investigar caso após requisição do MP-BA

Mais de três meses após Joaquim José Rodrigues ser morto aos 60 anos durante uma operação policial na cidade de Condeúba, no sudoeste da Bahia, familiares conseguiram registrar o boletim de ocorrência referente ao caso na Delegacia Territorial (DT) da cidade. A ação foi realizada após uma decisão judicial no último dia 20 de outubro.

Além disso, o Ministério Público da Bahia (MP-BA) requisitou da Polícia Civil a instauração de um inquérito policial. Procurada, a instituição informou que “o procedimento foi instaurado e todas as diligências para esclarecer o caso estão sendo adotadas”.

O caso em questão aconteceu no dia 3 de agosto. Na ocasião, a família defendeu que o idoso foi morto por engano por policiais. Já a Polícia Militar (PM) disse que a ação foi um revide. Apesar disso, um laudo pericial, expedido no dia 11 de agosto indica que não foram identificados resíduos de disparo de arma de fogo nas mãos da vítima.

Durante o intervalo de mais de três meses entre a morte e o registro do caso, os familiares relatam que tentaram registrar o boletim de ocorrência na delegacia da cidade, mas não conseguiam. Diante da demora, parentes denunciaram uma suposta resistência por parte da polícia em registrar o B.O.

Questionada sobre a demora, a PM se limitou a dizer que “de acordo com informações da Cipe [Companhia Independente de Policiamento Especializado] Sudoeste, o fato permanece em apuração”. No dia 11 de agosto, a instituição informou, por nota, que havia instaurado um Inquérito Policial Militar (IPM). (Metro1)

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