O Senado da Argentina aprovou nesta quarta-feira a legalização do aborto até a 14ª semana de gestação, uma decisão celebrada por milhares de ativistas feministas que aguardaram a votação durante mais de 12 horas nas proximidades do Congresso.
De autoria do presidente de centro-esquerda Alberto Fernández, a proposta já havia sido aprovada na Câmara dos Deputados em 11 de dezembro. Nesta quarta-feira (30), recebeu os votos favoráveis de 38 senadores, 29 votos contrários e uma abstenção, uma margem mais ampla que o previsto.
Fernández celebrou o resultado no Twitter. “O aborto seguro, legal e gratuito é lei. Com isto me comprometi durante a campanha eleitoral. Hoje somos uma sociedade melhor que amplia direitos às mulheres e garante a saúde pública. Recuperar o valor da palavra empenhada. Compromisso da política”, escreveu o chefe de Estado.
“Se converte em lei e segue para o Poder Executivo”, anunciou após a votação a presidente do Senado e vice-presidente do país, Cristina Kirchner. A votação durante a madrugada foi acompanhada por milhares de militantes feministas, que celebraram e choraram de emoção com o resultado. Além das mulheres que estavam na praça diante do Congresso, muitas saíram às janelas e varandas para comemorar a notícia.
(Com informações do portal UOL)