Pix internacional deve conectar transações em 60 países

Já há um projeto do “banco central mundial” que pretende facilitar as transferências entre países com transações instantâneas semelhantes ao PIX

Em um cenário de boom de fintechs e de distanciamento social devido à pandemia de covid, o Pix apareceu como uma ferramenta para lá de útil para os brasileiros, e atualmente, menos de dois anos após o seu lançamento, fica difícil imaginar o cotidiano sem o sistema de pagamentos do Banco Central. E, em breve, o mundo todo poderá ter uma solução semelhante, a partir do projeto Nexus.


O que é PIX?
Pix bate recorde de transações em um dia e vira pagamento mais usado
A ideia já vinha sendo desenvolvida há algum tempo, a partir da popularização da tecnologia blockchain e o conceito de finanças descentralizadas. E o sucesso do Pix no Brasil pode ser considerado um bom exemplo de que o Nexus pode dar certo. O Bank Of International Settlements (BIS), que é o “banco central mundial”, vem trabalhando nessa ferramenta.


Atualmente, o Nexus está em fase de testes, e tem um mecanismo semelhante ao Pix, promovendo a integração de transações instantâneas em países que já possuam estrutura para isso. A expectativa do BIS é que sua solução possa realizar transferências entre diferentes nações e moedas em até em um minuto. A ideia é conectar pelo menos 60 países.


Mas calma, o “Pix internacional” ainda exige mais testes
O projeto Nexus atualmente se encontra na chamada “fase de prova de conceito”, em que vários sistemas são avaliados, não somente pelo BIS, mas também pelos próprios países participantes. As análises vêm obtendo dados na Malásia, Cingapura e na Itália, que representa a Zona do Euro. O Brasil também faz parte, como observador de todo esse trabalho.

Entre as vantagens para os governos, além da agilidade em transações internacionais, está a expectativa de reduzir custos, para facilitar operações comerciais entre os países. Isso também poderia aumentar a competitividade e a variedade de opções e preços no mercado, com menor restrição geográfica de compra e venda.

Para os turistas, então, isso seria uma “mão na roda”: além de não ter que arcar com diferentes tipos de contas ou cartões, os brasileiros, por exemplo, poderiam reduzir bastante os custos para conversão de moedas — e, claro, tudo ficaria mais ágil e prático, pois você estaria lidando com um sistema de pagamento confiável e familiar, amplamente utilizado em seu cotidiano.

É claro que tudo isso também precisa de regulação, fiscalização, ajustes e, claro, medidas que possam garantir a segurança e privacidade — e, assim como novos crimes surgiram com a adoção no Pix no Brasil, possivelmente veremos os bandidos criando formas de explorar o Nexus.

Enquanto isso, o Banco Central brasileiro também já pensa em uma ferramenta do Pix que possa realizar transações instantâneas internacionais. Aliás, há até mesmo a possibilidade de isso acontecer junto ao BIS e ao projeto Nexus. Seguimos aguardando, e pode esperar que esse assunto logo deve voltar a ter novidades.

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