Varzedo: APLB emite nota de repúdio contra gestão municipal do município e anuncia paralisação de 48 horas

Foto: Ilustrativa/Reprodução

A APLB – Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Varzedo, emitiu uma “nota de repúdio” em relação à postura de resistência do gestor do município de Varzedo, Ariecilio Bahia da Silva, conhecido como Ari Bahia, ao cumprimento da Lei do Plano de Carreira (Lei 140/2002) dos professores, que conforme informações, encontra-se congelado durante oito anos

A diretoria também anunciou que entrará em PARALISAÇÃO das suas atividades pedagógicas por 48 horas, nos dias 18 e 19 de Junho.

Leia a nota completa:

A APLB – Sindicato dos Trabalhadores em Educação – Núcleo de Varzedo, através de sua diretoria, vem a público repudiar à postura de resistência e a falta de respeito do gestor do município de Varzedo de não cumprir a Lei do Plano de Carreira (Lei 140/2002)dos professores que encontra-se congelado durante oito anos e entra em PARALISAÇÃO das suas atividades pedagógicas por 48 horas.

É lamentável a FALTA DE RESPEITO E DE VALORIZAÇÃO sob todos os aspectos, e inaceitável, do ponto de vista democrático que, o Sr. Ariecílio Bahia, tem com os professores do município de Varzedo. A categoria não entende o porquê desse descaso e dessa falta de respeito ao trabalho desenvolvido por cada um em prol do desenvolvimento educacional do município. Desde o início da sua gestão sempre colocou a sociedade varzedense contra os trabalhadores da educação. A categoria não aceita de hipótese alguma o reajuste de 4,62% referente ao acumulado da inflação do ano de 2023, pois o que se almeja é o DESTRAVAMENTO DO PLANO DE CARREIRA. A categoria quer, Sr. Prefeito, o cumprimento da lei, pois é um direito garantido.

Ao contrário do que vem propagando nas redes sociais afirmando que os professores de Varzedo tem um salário digno, É MENTIRA, pois atualmente é o município que paga menos ao professor. VARZEDO JÁ FOI REFERÊNCIA EM VALORIZAÇÃO DE PROFESSOR E HOJE NÃO É MAIS. A gestão se recusa em atualizar a tabela de vencimentos, e as PERDAS SALARIAIS DA CATEGORIA, ACUMULAM EM MAIS 39,69%, interferindo futuramente no salário dos professores quando se aposentarem.

Os recursos financeiros transferidos da União para fomentar a educação do município de Varzedo tem aumentado de forma significativa, com um incremento na ordem de 3,6(três vírgula seis milhões) de reais segundo a CNM – Confederação Nacional dos Municípios/estimativa Fundeb e com perspectiva de aumento nos anos subsequentes. Apesar de um aumento considerável nos recursos da educação, e apesar de ter apenas 68 professores efetivos, o aporte de dinheiro não tem refletido na qualidade da educação no município, nem na valorização dos profissionais em educação.

A falta de concurso público, o grande número de aposentadorias, e a nucleação das escolas de Ensino Fundamental II, diminuiu os gastos com educação, com sobra de recursos nos cofres públicos, ou seja, sobra dinheiro e falta investimentos.

Exigimos que o gestor de Varzedo, reveja sua posição e se COMPROMETA EM CUMPRIR A LEI DO PLANO, buscando soluções que atendam aos interesses dos educadores e contribuam para a melhoria da qualidade da educação em nosso município. A APLB se manterá firme e forte na luta pelo respeito, transparência dos recursos, equidade, e o direito de exercer a sua LIBERDADE SINDICAL.

Somos professores e exigimos respeito, Sr. Ariecílio Bahia.”

Confira todos os motivos da paralisação:

  • Congelamento do plano de carreira: O plano de carreira dos docentes está congelado, sem atualizações que reflitam as necessidades da categoria.
  • Aumento de R$ 3,6 milhões na educação: Embora tenha havido um aumento significativo nos recursos, esse incremento não se traduziu na valorização dos professores.
  • Falta de valorização na carreira: Os professores sentem que não há reconhecimento adequado de seu trabalho e dedicação.
  • Perda salarial de aproximadamente 40%: A categoria enfrenta uma redução no poder de compra de seus salários.
  • Salário dos professores sem ganho real: Não houve aumentos reais nos salários, apenas ajustes que não acompanham a inflação.
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