Pastores envolvidos no assassinato de Lucas Terra irão a júri popular

De acordo com José Carlos Terra, pai de Lucas, a motivação do crime brutal foi porque o adolescente teria visto os pastores Joel e Fernando mantendo relações sexuais.

Marion, mãe do adolescente Lucas Terra que foi estuprado e assassinado dentro da Igreja Universal do Reino de Deus - Foto: Arquivo Pessoal

Está prevista para o próximo dia 25 de abril, o fim de uma longa espera que já dura 22 anos. Após decisão do STF, os pastores Fernando Aparecido da Silva e Joel Miranda, acusados de estuprar e queimar o corpo do adolescente de 14 anos, Lucas Terra, irão a júri popular no Fórum Ruy Barbosa, em Salvador.

O crime ocorreu em 21 de março de 2001, no templo da Igreja Universal do Reino de Deus no bairro do Rio Vermelho, na capital baiana. O garoto Lucas foi encontrado morto, com o corpo carbonizado, em um terreno baldio na Avenida Vasco da Gama.

De acordo com José Carlos Terra, pai de Lucas, a motivação do crime brutal foi porque o adolescente teria visto os pastores Joel e Fernando mantendo relações sexuais.

José Carlos morreu em fevereiro de 2019, devido a complicações de saúde. Antes, ao lado da esposa, ele iniciou uma dura e longa batalha por justiça pelo assassinato do filho.

Uma decisão da Suprema Corte brasileira determinou que os pastores denunciados deveriam ir a júri popular. A sessão já tem data e hora marcada para às 8h de 25 de abril, no Fórum Ruy Barbosa.
Em uma postagem no seu perfil do Instagram, a mãe de Lucas questiona a decisão da justiça em restringir o acesso ao julgamento. Ainda na postagem, a mãe de Lucas alega que o julgamento não corre em segredo de justiça. “Porque mais esse benefício aos “poderosos réus?”, diz a postagem na rede social.(A Tarde)

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