A filosofa húngara Agnes Heller morreu nesta sexta-feira (19), aos 90 anos de idade. Ela era uma dissidente do regime comunista e tinha virado uma forte crítica nos últimos anos do primeiro-ministro Viktor Orban. “Agnes Heller, membro da Academia Nacional de Ciências, filosofa e professora da New School for Social Research de Nova York […] faleceu no dia 19 de julho, aos 90 anos”, informou a Academia Húngara de Ciências (MTA).
Heller nasceu em 12 de maio de 1929, em Budapeste, e sobreviveu ao Holocausto. De família judia, seu pai morreu no campo de concentração de Auschwitz.
Foi aluna de um dos principais pensadores húngaros do século XX, o filósofo marxista Georg Lukacs. Ela é lembrada como um dos principais nomes da Escola de Budapeste, corrente crítica ao socialismo húngaro que surgiu após a revolta de 1956.
Perseguida pelo regime comunista na década de 1970, ela buscou refúgio na Austrália e nos Estados Unidos e voltou à Hungria somente nos anos 2000.