O presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, disse nesta sexta-feira (1º) que é impossível acabar com as filas nas agências do banco, mas garantiu que a instituição está adotando medidas para reduzir as aglomerações.
Nos últimos dias, foram registradas filas em agências da Caixa em todo o país de pessoas que queriam sacar a primeira parcela do auxílio emergencial de R$ 600 ou buscar informações sobre o benefício.
“Sabemos que houve nesta semana uma aglomeração grande. Estamos agindo para reduzir. Resolver, não. Não há nenhuma possibilidade de se pagar 50 milhões de pessoas em três semanas e não existir fila. Isso não existe”, afirmou Guimarães em entrevista coletiva.
No cenário atual de pandemia provocada pelo novo coronavírus, autoridades de saúde pedem para que seja praticado o isolamento social e que a população evite aglomerações com o objetivo de conter a propagação da doença.
De acordo com o banco, dos 96,9 milhões de cadastros realizados até quinta-feira (30) para receber o benefício, houve a aprovação de 50,1 milhões, 26,1 milhões foram considerados inelegíveis, 12,4 milhões estão inconclusivos e 5,2 milhões seguem em primeira análise.
Ao todo, R$ 35,5 bilhões já foram pagos.
A Caixa deve reforçar a quantidade de funcionários e contratar novos vigilantes para ajudar na organização das filas. Além disso, os beneficiários do Bolsa Família devem ser segregados das pessoas que têm conta digital e recebem o auxílio.
“Estamos realizando mudanças nos fluxos de pagamento, incluindo mais funcionários da Caixa e mais vigilantes”, disse Guimarães.
Segunda parcela
O presidente da Caixa também reforçou que o calendário da segunda parcela do auxílio emergencial deve ser anunciado na próxima semana. Guimarães deve se reunir com o ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni, e levar a sugestão de uma data para o presidente Jair Bolsonaro.
“Eu já tenho a minha proposta, mas tenho que conversar com o ministro Onyx e depois levar a proposta para Jair Bolsonaro”, disse. “Mas (o anúncio) será feito na semana que vem.”
A Caixa chegou a anunciar a antecipação do pagamento da segunda parcela, mas o Ministério da Cidadania informou que isso não seria possível. Os pagamentos estavam previstos para começarem na segunda-feira (27).