A estrela do basquete foi presa, acusada de tráfico de maconha, em fevereiro. O presidente dos EUA pediu que ela seja libertada imediatamente.
A corte russa responsável pelo julgamento da atleta Brittney Griner declarou nesta quinta-feira (4) que a jogadora de basquete da WNBA cometeu crimes de porte de drogas e contrabando. Ela terá que cumprir pena de 9 de anos de prisão.
Anteriormente a Procuradoria da Rússia pediu uma pena de nove anos e meio de prisão para a estrela americana do basquete Brittney Griner.
“Peço a condenação de Griner a nove anos e meio de prisão em uma colônia (penal) do regime clássico e a um milhão de rublos de multa” (16.600 dólares), afirmou o promotor Nikolai Vlasenko, segundo uma jornalista da AFP presente na audiência no tribunal em Khimki, perto de Moscou.
Esta é praticamente a maior pena possível para o crime, que pode chegar a 10 anos de prisão.
Brittney também terá que pagar uma multa de 1 milhão de rublos, aproximadamente US$16.400 (R$85.800).
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse que a detenção da jogadora é injusta:
“É inaceitável e eu peço que a Rússia a liberte imediatamente, para que ela possa ficar com sua esposa, seus entes queridos, amigos e suas companheiras de equipe”, disse Biden em um comunicado.
Detida em fevereiro por posse de cartuchos de vape com óleo de cannabis quando desembarcou em Moscou, Brittney Griner, de 31 anos e 2,06 metros de altura, é considerada uma das melhores jogadoras de basquete do mundo.
Griner se declarou culpada de transportar a substância à Rússia por descuido e negou qualquer tipo de tráfico de entorpecentes.
Nesta quinta-feira, o promotor afirmou que ela tentou de modo intencional “ocultar” dos funcionários da alfândega no aeroporto o líquido a base de cannabis.
Com o conflito na Ucrânia, o julgamento de Griner ganhou uma dimensão geopolítica com negociações entre Moscou e Washington sobre uma possível troca de prisioneiros, que poderia beneficiar a atleta.
Na semana passada, o chefe da diplomacia americana, Antony Blinken, informou que Washington fez uma “oferta consequente” a Moscou para obter a libertação de Griner e de outro americano detido na Rússia, Paul Whelan. (G1)