Amazônia teve 2,2 mil focos de incêndio em junho de 2020, aponta Inpe

Nuvens de fumaça durante um incêndio em uma área da floresta amazônica perto de Humaitá, Estado do Amazonas, Brasil, Brasil 17 de agosto de 2019.

Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) apontam que junho de 2020 registrou o pior índice de queimadas na Amazônia, desde 2007. Números consolidados indicam a existência de 2.248 focos de incêndio registrados por satélites durante o mês.

O resultado representa aumento de 19,5% em relação ao mesmo período do ano passado. Em junho de 2019, o Inpe registrou 1.1880 focos de incêndio.

De acordo com informações da revista Época, especialistas e ativistas ambientais alertaram sobre a queima recorde na floresta. A situação coincide com o desmatamento acelerado em meio à pandemia do novo coronavírus.

Com a crise sanitária, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama) tem enfrentado desfalques na fiscalização da Amazônia. ONGs que atuam na causa também acusam o governo de Jair Bolsonaro sabotar fiscalizações.

Ainda conforme a publicação, especialistas alertam que crescimento de queimadas no período da pandemia pode impactar a Região Norte. Estudo da Universidade de Harvard divulgado em abril concluiu que a exposição à poluição pode aumentar a letalidade em casos de pacientes graves da Covid-19. Além, também do aumento no número de pessoas em hospitais em um período de tensão que sobrecarregaria hospitais e prejudicaria medidas de distanciamento social.

Desmatamento

Segundo dados do Inpe, o desmatamento na Floresta Amazônica nos cinco primeiros meses de 2020 foi o maior desde 2015: 2.032 km² de floresta. Em geral, o desmatamento atinge o pico entre maio e julho.

O sistema Deter do Inpe, que reúne alertas diários e mensais de desmatamento, registra 609,89 km² de área derrubada entre 1º e 18 de junho. O balanço consolidado pode superar o período de junho de 2019, quando foram derrubados 934,81 km² de floresta. (Bahia.Ba)

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