No programa das 12h30 do Voz da Bahia, foi entrevistado Adailton dos Santos, popular Logan Santos, natural de Santo Antônio de Jesus, assumiu ser uma mulher trans, trabalha como garçonete, casada há 6 anos, com Claudio Santos, ela conta sobre as dificuldades de enfrentar o preconceito dentro do âmbito familiar e da sociedade.
INÍCIO DE TUDO:
Logan aponta que hoje tem o apoio da família, mas que na época que assumiu sua homossexualidade foi um processo na vida difícil que enfrentou, “para meu pai foi um choque, ele disse que era uma doença e minha mãe também, fui ao psicólogo porque eles queriam, mas deixei bem claro que já havia decidido, não mudo o que eu sou, só quem pode mudar nossa vida é Deus, ele tem o poder de mudar a vida de todo mundo, inclusive, minha tia que é evangélica me perguntou: ‘porque você que dança para o mundo não pode dançar pra Deus?’ A partir daí, refletir, então eu respeito a palavra Deus e não deixo de pensar Nele”, conta.
PRECONCEITO:
Sobre a discriminação que sofreu em lojas em Santo Antônio de Jesus, Logan sinaliza que isso o fez crescer, “gente, sou ser humano, quando fui às compras, algumas pessoas que trabalham em empresas de roupas, para me atender mediam dificuldades, eu ficava horas em pé. Mas, um dia, lembro que um atendi a vendedora de uma dessas lojas que me serviu mal e a tratei super bem e ela depois veio me suplicar desculpas. Cresço todos os dias nas pancadas da vida, nós só temos para oferecer o que o nosso coração anda cheio”, expôs.
“SE RELACIONOU COM MULHERES?“:
Quando questionado se já tentou relacionar-se com mulheres, Logan afirma que sim, “uma amiga da escola que eu tinha muito carinho me beijou e disse que estava apaixonada por mim, aquele beijo para mim, foi a detonação, inclusive contei para ela que gostava de um amigo nosso, não esperava o beijo que ela me deu e achei falta de respeito, deixei bem claro, que não queria enganar ninguém, ela insistiu para eu tentar e fui clara, posso esforçar-me várias vezes com você, mas não vou conseguir mudar, eu decidi gostar de uma pessoa do mesmo sexo, então só Deus para mudar minha vida e meu jeito de ser”, concluiu.
Reportagem: Voz da Bahia
