‘Às vezes tem fogo amigo”, desabafa Rui Costa sobre Brasília

Em entrevista ao jornal O Globo, o ministro, que já foi alvo de duras críticas dos parlamentares, desabafou sobre as dificuldades de relacionamento na capital federal.

Wagner Lopes / Casa Civil

O ex-governador da Bahia e atual ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), desabafou sobre os desafios para driblar o eventual “fogo amigo” que ocorre em Brasília, além do incômodo com a frequência de veiculação de fake News e “notícia plantada”.

Em entrevista ao jornal O Globo, o ministro, que já foi alvo de duras críticas dos parlamentares, desabafou sobre as dificuldades de relacionamento na capital federal.

“Eu não nego que eventualmente tem fogo amigo, gente que planta notícias. Isso é uma coisa que eu não vivia na Bahia. Você via muito mais unidade e time jogando, do que eventualmente, às vezes, se percebe aqui. O que mais me incomoda é a inverdade e a mentira. Eu já li três ou quatro livros para ver se eu conforto mais minha alma sobre o fim da verdade. Mas é um negócio que a mim me incomoda profundamente, essa era da fake news, da notícia plantada, porque a velocidade da informação é muito grande”, disse.

Sobre as críticas, o petista disse que eram naturais, uma vez que o atual Governo encontrou um vazio de governança.

“Eram previsíveis e naturais. Na política não tem vácuo. Como existia um completo vazio de governança de gestão do Executivo, esse espaço foi ocupado por muitos outros atores institucionais. Na medida em que o governo passa a existir, a ocupar o seu devido lugar, as coisas vão se acomodando. A partir de agora consigo começar a abrir mais a minha agenda para interlocução com parlamentares. Mas, se for para discutir assuntos que não são da minha parte, da articulação política, não tem condição”, afirma.

Rui Costa ainda afirma que as articulações para votação das pautas da agenda econômica do Governo Federal foram simbólicas para o processo de distensionamento entre Executivo e Legislativo e garante que houve uma dominuição de intrigas.

“A semana passada (retrasada) foi simbólica (quando houve aprovação de medidas econômicas). Houve um processo de distensionamento. Muita reunião, muito café, muito almoço, muito jantar, e isso vai ajudando a distensionar. Houve a diminuição também de intrigas, de fofocas, de disse me disse. Até dissuadir disso, leva um tempinho”, explica. (BNews)

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