‘Eu era a pior pessoa do mundo’, disse nas redes sociais
Condenado pelo assassinato de Daniella Perez, Guilherme de Pádua, hoje pastor, publicou um vídeo nas redes sociais pedindo perdão a Gloria Perez, mãe da atriz, e ao ator Raul Gazolla, então marido da jovem assassinada.
Pádua aproveita para dar uma resposta a quem não acredita em sua conversão, e diz que seu “maior sonho” era pedir perdão.
“Pensei em procurar advogados do Raul Gazolla, da Gloria Perez. Pensei em pedir para alguém que intermediasse esse encontro. Não imaginava uma coisa pela internet, um vídeo […] Talvez eu nunca vá ter uma oportunidade real de pedir perdão”, afirmou.
“Por isso, Gloria Perez, eu te peço perdão por todo sofrimento que eu te causei. Eu jamais esqueci daquele encontro na carceragem. Nunca esqueci. Raul Gazolla, eu te peço perdão. Eu nunca esqueci do dia que eu fui chamado na delegacia, você estava lá e se arrastou até mim. Me abraçou chorando. E ali eu vi que eu era a pior pessoa do mundo”, continuou.
“Nunca na minha vida eu senti algo igual eu senti naquele momento. Nunca. Eu peço perdão aos familiares, aos amigos, a todos que se envolveram com essa história, que se entristeceram, que se revoltaram. Eu sei que esse pedido de perdão talvez não vá significar nada, mas eu quero deixar registrado”, concluiu Pádua.
Série da HBO
Mais do que contar a história por trás da trágica morte de Daniella Perez, aos 22 anos, em 1992, a série Pacto Brutal: O Assassinato de Daniella Perez retrata também a determinação da autora Gloria Perez em esclarecer o caso. A mãe da atriz e bailarina fez uma investigação própria, encontrou testemunhas e sempre que pôde contestou informações equivocadas divulgadas por parte da imprensa sensacionalista e pelos assassinos. Gloria também se mobilizou para colher assinaturas para modificar a lei de crimes hediondos, que até então não contemplava o homicídio qualificado.
A autora deu mais de 20 horas de depoimentos para a produção ao longo de três dias. Suas falas são parte fundamental dos cinco episódios da série documental da HBO Max, e provavelmente alguns dos momentos mais emocionantes da produção.
Em mais de um momento, Gloria relembra que vivia um momento de plenitude até a perda da filha. Após realizar o sonho de ser escritora, trabalhar ao lado de Janete Clair e, finalmente, começar a escrever suas próprias novelas, a autora estava muito feliz. Agora, diz que vive a “felicidade possível”, mas sem a possibilidade de plenitude.
“Não tem como virar a página para a existência de um filho”, destaca Gloria na cena final da série. “Várias pessoas que poderiam estar aqui do meu lado, não existirão nunca. São os netos que eu não tive. Quando se mata uma pessoa, é muito para além dela. Você mata tudo o que aquela pessoa poderia ter feito em vida. Nunca mais vai ser a mesma coisa. Hoje, eu sei que a plenitude acabou.”
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Informações: Yahoo