Bahia foi responsável por quase 50% das exportações do Nordeste em 2019

Governador Jaques Wagner inaugura a expansão do Terminal de Contêineres (TECON). Foto: Manu Dias/SECOM

O desempenho do Comércio Exterior baiano, em 2019, foi puxado pelo crescimento de 27,2% do saldo comercial e pelo aumento para 48,5% do total das exportações do estado na região Nordeste. Já a participação das exportações para China caiu para 27,4%, apesar do país asiático continuar sendo o principal destino de saída de mercadorias baianas. A diminuição dessa dependência no total exportado pelo estado é positiva, pois significou a elevação na participação das exportações para outros países como Cingapura e Suíça, que mais que dobraram, saltando de 3,8% para 8% e de 1,3% para 2,9%, respectivamente. Os dados constam do Informe de Conjuntura Econômica, divulgado pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE), nesta segunda-feira (3).

Os números positivos não são somente do Comércio Exterior. O volume de investimentos privados, implantados em 2019, com incentivos do Estado, foi de R$ 4,5 bilhões com a geração de 4,6 mil empregos. De acordo com o vice-governador e titular da SDE, João Leão, a tendência é o avanço continuar. Dados do informe mostram que a estimativa para o Brasil assinalou elevação de 1,1% em 2019 e projeta crescimento acima de 2% em 2020. “O desenvolvimento econômico aqui é forte. Mantemos o ambiente de negócios saudável e trabalhamos focados na atração de investimentos. Até o próximo ano, estão previstos investimentos privados de R$ 18 bilhões e a geração de 27,8 mil empregos”, afirma Leão.

O diretor de Desenvolvimento e competitividade Industrial da SDE, Paulo Henrique de Almeida, destaca que “normalmente, quando se fala em conjuntura no Brasil, os dados são focados nas estatísticas e elas, em geral, são dados do passado. Quando, na verdade, a análise de conjuntura interessante é a que aponta para o futuro, contendo indicadores antecedentes. E é isso que estamos fazendo neste informe”. 

Para exemplificar os indicadores antecedentes, o diretor cita um índice que ajuda na análise futura: o movimento de caminhões em estrada pedagiada no Brasil, dado nacional publicado pela Associação de Concessionária de Rodovias, ajuda a avaliar a dinâmica de crescimento da economia em um horizonte de curto prazo. Se o número de caminhões na estrada cresce, significa que as mercadorias, os insumos e matérias-primas estão circulando mais, apontando uma produção maior alguns meses à frente. (Ascom)

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