Bahia inicia período de vazio sanitário da soja

Nos próximos 90 dias os produtores não poderão plantar, nem manter vivas plantas de soja em qualquer fase de desenvolvimento.

Foto: Ascom/Adab

O produtor de soja da Bahia precisa estar atento ao período do vazio sanitário: de 26 de junho a 24 de setembro. A medida, estabelecida pela Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab), está disposta na Portaria nº056/2024, e segue as orientações da Portaria nº 1.111 do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). As normas definem os períodos de vazio sanitário e de semeadura da soja relacionadas ao calendário agrícola 2024/2025, visando o combate à Ferrugem asiática, causada pelo fungo Phakopsora pachyrhizi.

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Nos próximos 90 dias os produtores não poderão plantar, nem manter vivas plantas de soja em qualquer fase de desenvolvimento. “Trata-se de uma das medidas fitossanitárias mais importantes para o controle da Ferrugem asiática da soja, principal praga que acomete essas culturas. Por isso, nosso objetivo é reduzir ao máximo o inóculo da doença, minimizando os impactos negativos durante a safra seguinte”, explica o diretor de Defesa Vegetal, Vinícios Videira, lembrando que o calendário de semeadura é adotado como medida fitossanitária complementar ao período de vazio sanitário.

A ação está contemplada no Programa Nacional de Controle da Ferrugem Asiática da Soja (PNCFS) que visa também diminuir o número de aplicações de fungicidas, reduzindo os índices de resistência da praga às moléculas químicas utilizadas para seu controle.

Na Bahia as datas de vazio sanitário e semeadura da soja foram pactuadas no âmbito do Comitê Técnico Regional da Soja (CTR) e submetidas ao MAPA, considerando as condições climáticas, bem como as sugestões encaminhadas pela Adab. A Agência contou com o apoio da Associação de Agricultores Irrigantes da Bahia (Aiba), Associação de Produtores de Algodão (Abapa), Fundação de Apoio à Pesquisa e Desenvolvimento do Oeste Baiano (Fundação BA), Associação dos Produtores de Sementes dos Estados do Matopiba (Aprosem), Associação dos Produtores de Soja e Milho do Estado da Bahia (Aprosoja) e Federação da Agricultura e Pecuária do Estado da Bahia (Faeb).

“A união é fundamental para o sucesso do nosso trabalho. Todo o setor produtivo e instituições governamentais se uniram no âmbito do CTR da Soja para avaliar, de forma conjunta e colaborativa, as informações e dados técnicos de impacto para a lavoura da soja”, conta Videira, ressaltando que a Ferrugem asiática é considerada uma das doenças mais severas para as culturas, causando danos que variam de 10% a 90% da produção.

Fonte: Ascom/Adab

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