Famosa dupla responsável por ter dado o tetracampeonato mundial para a Seleção Brasileira, Romário e Bebeto vivem um racha na relação. A rusga está relacionada à política, mais especificamente durante as eleições de 2022.

Durante o pleito, Bebeto concorreu ao cargo de deputado estadual pelo PSD e apoiou o candidato André Ceciliano (PT), adversário de Romário (PL) por uma cadeira no Senado do Rio de Janeiro. Na ocasião, o baixinho terminou reeleito, ao contrário de Bebeto e Ceciliano.

“Traidor. Foi (meu maior parceiro), mas não é mais. Me traiu na política. Pulou (de galho). Tem algumas coisas na vida que eu levo para sempre, dentro e fora da política. Quando é com um cara que você gosta, que você conviveu e tem uma relação de amizade em todos os sentidos, isso é triste”, declarou Romário em entrevista ao ‘Podcast do Garotinho’, comandado pelo jornalista José Carlos Araújo.

Por sua vez, o ex-camisa 11 da Seleção Brasileira apoiou o candidato Renato Zaca (PL) para deputado estadual, mesmo cargo disputado por Bebeto, e foi bem sucedido nas eleições.

Em resposta à declaração de Romário, Bebeto se manifestou ao Uol Esporte e demonstrou supresa pela declaração do ex-companheio de Seleção Brasileira, dizendo que ele estaria “ficando esclerosado”.

“Quem é ele para me chamar de traidor? O Romário está ficando velho e acho que está ficando esclerosado, falando muita besteira. Tenho uma carreira íntegra no futebol e na política, nunca me envolvi em polêmicas. Não posso falar o mesmo dele, que é um egoísta, sempre pensou apenas nele”, rebateu.

Entenda o caso

No pleito de 2018, quando Romário concorreu a governador do Rio de Janeiro, Bebeto recebeu o convite do baixinho para se filiar ao Podemos, mesmo partido dele na ocasião. Três anos depois, o baixinho deixou a sigla e se filiou ao PL, mesmo partido do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Entre 2019 e 2022, Ceciliano presidiu a Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) e se aproximou de Bebeto, que se considerou “abandonado” por Romário.

“Ele me chamou para o Podemos e fui o único eleito pelo partido. Depois, largou o partido, me deixou sozinho e nem me avisou, soube através da imprensa. Ele escolheu um lado e não me chamou. Tive que me mexer e buscar o meu lado. André Ceciliano foi um cara que sempre me ajudou na Alerj, e sou muito grato a pessoas assim”, disse Bebeto na ocasião ao O Globo.

Por sua vez, Bebeto decidiu ingressar no PSD a convite do prefeito do Rio, Eduardo Paes, na janela partidária de 2022. Assim como Ceciliano, Paes se engajou na campanha presidencial de Lula (PT). (A Tarde)