O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) rebateu rapidamente o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, nesta terça-feira (5), após o ex-juiz da Operação Lava Jato ter frisado, em depoimento concedido à Polícia Federal no último sábado (2), que o chefe de Estado o pressionava para mudar o comando da Polícia Federal (leia mais aqui).
Bolsonaro mostrou o celular aos jornalistas e colocou na conversa com Moro. Ele mostra um trecho do papo em que o ex-ministro trata como “fofoca” a matéria do site O Antagonista em que o presidente trazia como um dos motivos para justificativar a mudança no comando da PF, anteriormente sob a chancela de Alexandre Ramagem (leia mais aqui).
Bolsonaro mostra outro ponto da conversa em que ele tinha compartilhado em uma outra ocasião a reportagem do O Antagonista. Moro responde e diz que “isso é fofoca. “Isso é fofoca. O Moro diz que isso é fofoca, porque ele tem informações privilegiadas”, disparou, em frente ao Palácio da Alvorada. “Se isso é fofoca, ele diz que este inquérito que existe no Supremo não tem nome de deputado federal nenhum e nem de Carlos Bolsonaro. Ele quem diz isso”, emendou.
“Eu estou sabendo que as 10 páginas estão nas mãos da TV CNN. Eu só quero rebater uma questão do senhor Sergio Moro. Alias duas. Primeiro, em nenhum momento pedi relatório de inquérito. Mentira deslavada. Tenho até vergonha de falar isso aqui. Ele disse que eu pedi uma reunião de ministros”, disparou.
Bolsonaro também voltou a atacar Moro. “Foi muito batido esses dias. Eu vi no Fantástico, Jornal Nacional e outras TVs, mostrando o Sergio Moro entregar o telefone para o William Bonner e para a Globo. É um homem que tinha peças de relatórios parciais de coisas que eu passava pra ele. Entrega para a Globo isso? Isso é crime federal”, declarou.
Por fim, o mandatário disse que a Advocacia-Geral da União irá defende-lo no caso. (Atualizada às 18h08).