Uma vaquinha virtual criada por irlandeses para ajudar o entregador brasileiro Caio Benício, de 43 anos, já chegou a 361 mil euros (cerca de R$ 2 milhões). O carioca, que mora em Dublin, é visto como herói nacional após salvar crianças de um ataque a facadas na última quinta-feira (23).
O dinheiro arrecadado, segundo informações divulgadas pelo Estadão, é para pagar um pint (tradicional copo de cerveja comum em países Europeus e nos Estados Unidos).
Nesta segunda, Benício foi recebido pelo primeiro-ministro da Irlanda, Leo Varadkar, e homenageado com uma medalha pelo ato de coragem durante um ataque em Dublin.
No texto da vaquinha, a população de Dublin encara o brasileiro como um herói. “Este homem é um herói e o mínimo que podemos fazer é comprar uma cerveja para ele, então peço que você doe o preço de uma Guinness para Caio, para que ele saiba que o povo de Dublin o aprecia”, diz o texto.
Relembre o caso
Um entregador carioca que mora na Irlanda reagiu a um ataque a facadas que ocorreu próximo a uma escola em Dublin, deixando feridos, incluindo três crianças, na última quinta-feira (23). Caio Benício, de 43 anos, impediu que a tragédia fosse ainda mais grave.
Em entrevista para o G1, Caio explicou que trabalha como entregador no país e não hesitou em agir assim que presenciou a situação. O ataque à escola gerou uma série de protestos em Dublin, resultando em 34 pessoas detidas durante manifestações violentas contra imigrantes. O agressor, que foi derrubado pelo brasileiro, seria estrangeiro. Durante os protestos, um ônibus e um carro da polícia foram incendiados.
“Eu trabalho de delivery aqui, eu estava passando em frente a uma escola quando eu vi uma briga na calçada. Eu achei, a princípio, que fosse uma briga normal com um homem e uma mulher. Depois eu fiquei sabendo que ela era professora da escola. Eles estavam brigando e puxando uma garotinha”, contou o brasileiro.
Caio viu a cena na Parnell Square, uma praça movimentada de uma área residencial no centro da capital irlandesa e percebeu que não era uma briga comum.
“Aí eu diminuí para ver o que estava acontecendo quando o cara conseguiu agarrar a garotinha e puxou uma faca. Eu parei a moto e o vi esfaqueando a menininha no peito. Eu não tive tempo de pensar. Fui para cima, tirei o capacete, até para me proteger, e acertei com o capacete na cabeça e ele caiu”, disse o motoboy. (BNews)