Brittney Griner tem recurso negado na Rússia, e sentença de 9 anos se mantém

Foto: Reprodução / Instagram

O recurso apresentado pela equipe da jogadora de basquete americana Brittney Griner foi negado pela Justiça russa nesta terça-feira (25). Em agosto ela foi condenada a nove anos de prisão por posse e contrabando de cartuchos de cigarro eletrônico com óleo de cânabis, em um contexto de tensão entre Moscou e Washington em meio à Guerra da Ucrânia.

Em agosto, Griner e seus advogados pediram a absolvição ou a redução da sentença aplicada à atleta, após argumentarem que a pena era desproporcional ao crime. O tribunal ignorou o pedido e manteve a decisão.

Participando da audiência por videoconferência, a jogadora disse que a sentença “tem sido muito estressante e traumatizante”, segundo o relato de uma jornalista da agência de notícias AFP.

Alexander Boikov, advogado de defesa de Griner, pediu ao tribunal que refletisse sobre a possibilidade de absolvição. “Nenhum juiz diria, de coração aberto, que a sentença de nove anos está de acordo com a lei criminal russa.”

O conselheiro de segurança nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, disse em comunicado que Griner foi “detida injustamente em circunstâncias intoleráveis”. Nesta terça, reforçou que o presidente Joe Biden “foi muito claro sobre o fato de que Brittney deve ser liberada imediatamente”.

Ele afirmou ainda que o julgamento do recurso foi falso e completou dizendo que os EUA continuarão empenhados em ajudar a atleta.

Griner foi presa em 17 de fevereiro em um aeroporto de Moscou, uma semana antes de a Rússia enviar tropas para a Ucrânia. Seu caso acabou sendo incorporado ao contexto de crise que surgiu nos EUA e ganhou um tom geopolítico devido à ofensiva russa na Ucrânia. Outros americanos estão presos na Rússia e os EUA também lutam por sua libertação.

A atleta admitiu que carregava óleo de cânabis, mas alegou que o levou para a Rússia acidentalmente. Griner afirmou que usava a substância legalmente nos EUA para aliviar dores. Ela estava na Rússia para jogar na liga de basquete feminino do país no período de intertemporada do esporte nos EUA –algo que jogadoras costumam fazer para complementar a renda.

Nos EUA, Griner é contratada do Phoenix Mercury. Bicampeã olímpica (Rio-2016 e Tóquio-2020), aos 31 anos e 2,06 metros de altura, ela é considerada uma das estrelas do basquete no país desde a liga universitária. (BN)

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