Um processo que pode prejudicar a candidatura do ex-coach Pablo Marçal à prefeitura de São Paulo foi retomado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A presidente do TSE, Cármen Lúcia, pediu que o presidente do partido PRTB e o Ministério Público Eleitoral se manifestem sobre um caso que mostra uma briga interna no partido de Marçal.
O problema envolve uma disputa familiar pelo controle do PRTB, que foi fundado por Levy Fidelix nos anos 1990. A viúva de Levy, Aldineia Fidelix, diz no processo que o atual presidente do PRTB, Leonardo Avalanche, não cumpriu um acordo feito no início deste ano para acalmar o partido. Nesse acordo, ficou decidido que Aldineia teria a vice-presidência nacional do partido, seis cargos na comissão executiva nacional e mais 20 cargos no diretório nacional, além do comando de diretórios em cinco estados: São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Roraima e Rio Grande do Norte.
Além de pedir a opinião do Ministério Público, Cármen Lúcia também pediu informações ao atual presidente do partido neste domingo (25). Aldineia acusa Leonardo Avalanche de agir contra as regras do partido e desrespeitar a democracia interna do PRTB.
Embora a candidatura de Marçal não seja mencionada diretamente no processo, ela pode ser afetada se Aldineia vencer a disputa. Isso porque uma comissão provisória do PRTB em São Paulo, que estava do lado de Avalanche, foi quem aprovou a candidatura de Marçal. Aldineia alega que ela deveria estar no comando desse diretório e pede que os atos de Avalanche, que desrespeitaram o acordo, sejam anulados. Se isso acontecer, a comissão que aprovou a candidatura de Marçal pode ser desfeita.