O MP (Ministério Público) de Santo Antônio de Jesus (BA) solicitou a revogação da prisão preventiva do vereador Edivan de Jesus Santos, conhecido como “Morão” (União Brasil), após reavaliação do caso. Inicialmente, Morão foi acusado de tentativa de feminicídio contra sua ex-companheira. No entanto, a versão dos fatos mudou após a retratação da vítima e de testemunhas.
De acordo com a primeira denúncia, registrada em 22 de fevereiro, o vereador teria tentado matar a ex-companheira com uma faca enquanto ela estava deitada. No entanto, em depoimento prestado em 1º de março de 2025, a vítima alterou sua versão, afirmando que ela própria iniciou as agressões físicas, usando um cabo de vassoura e, em seguida, uma faca de serra. Ela alegou que Morão agiu em legítima defesa, reagindo aos ataques.
A vítima reconheceu que as lesões que sofreu foram consequência da defesa do vereador e explicou que registrou a ocorrência por raiva, após descobrir uma traição de Morão, retratando-se das acusações iniciais. Com base nas novas declarações, o Ministério Público concluiu que o vereador agiu em legítima defesa, e o crime de tentativa de feminicídio não se configurava. O inquérito policial foi arquivado, e o pedido de revogação da prisão preventiva foi atendido.
Além disso, o Ministério Público indicou que a vítima cometeu o crime de denunciação caluniosa. O vereador, que havia sido considerado foragido após não se apresentar às autoridades, teve sua prisão preventiva revogada nesta terça-feira. O caso começou a ser investigado após a denúncia de agressões durante uma discussão no bairro Salgadeira, motivada por ciúmes.
Em resposta ao episódio, a Câmara Municipal de Santo Antônio de Jesus decidiu, por unanimidade, afastar Morão do cargo por 120 dias.