A Justiça do Rio de Janeiro condenou a CBF a indenizar em R$ 60 mil a ex-diretora Luísa Xavier Rosa, que acusa a entidade de assédio moral e sexual. A decisão foi divulgada no dia 2 de agosto.
De acordo com o Uol, a autora do processo vai recorrer para aumentar o valor. Inicialmente, Luísa, que é a primeira diretora mulher da história da CBF, tinha pedido R$ 1,8 milhão.
Responsável por supervisionar as obras físicas da sede e de instalações externas, a diretora ficou na função por apenas 15 meses.
No processo, Luísa afirma ter sido desautorizada pelo presidente da CBF na contratação de empresas para obras e afirma que teve seus poderes esvaziados, o que a levou a um quadro de depressão.
Segundo o Uol, ela também relatou episódios de assédio sexual e disse que ouvia comentários misóginos e inconvenientes, como a contratação de prostitutas para servir os convidados da CBF em eventos.
A ex-diretora afirma ainda que o assédio era de conhecimento e praticado por diversos integrantes da cúpula da entidade. Cita nominalmente Rodrigo Paiva, diretor de Comunicação, e Pedro Trengrouse, advogado.
Luísa disse também que sofreu humilhações na entidade, principalmente por causa do ambiente criado pelos outros diretores. A arquiteta relata que o ambiente na CBF era cheio de “comentários misóginos e inconvenientes”.
Em nota, a CBF afirma que recorreu da sentença e que está confiante de que o tribunal vai reverter a decisão, “uma vez que a análise dos documentos e depoimentos apresentados nos autos comprova não ter havido qualquer tipo de assédio”.