Com 7,8% de queda, Bahia tem pior março para setor de serviços em 8 anos

Foto: (Arisson Marinho/Arquivo CORREIO)

O volume do setor de serviços na Bahia teve forte recuo em março em relação a fevereiro, com queda de 7,8%, segundo dados do IBGE divulgados nesta terça-feira (12).  Este é o segundo resultado negativo consecutivo, mas o ritmo de queda se acelerou bastante, já que de janeiro para fevereiro a queda foi de 0,1%.

O desempenho baiano nesse aspecto foi pior do que a média do Brasil (-6,9%). Vinte e quatro dos 27 estados tiveram quedas no setor de serviço nesse período. O volume cresceu apenas em Rondônia (3,1%), Amazonas (1,9%) e Maranhão (1,1%). Rio Grande do Norte (-18,6%), Mato Grosso (-12,7%) e Rio Grande do Sul (-11,0%) tiveram as maiores quedas.

Comparando com março do ano passado, o setor de serviços na Bahia teve queda ainda mais acentuada (- 12%). Esse desempenho também ficou muito pior que o nacional (- 2,7%) e aparece como terceiro recuo entre os estados, melhor apenas que Amapá (- 13,2%) e Rio Grande do Norte (- 12,4%).

Ainda de acordo com o IBGE, os serviços na Bahia tiveram seu pior mês de março em oito anos, desde que começou a série histórica da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), iniciada pelo IBGE em 2012 para esses dois indicadores.

Agora, o setor de serviços baiano acumula queda de 6,8% no primeiro trimestre do ano, o segundo pior desempenho na área entre todos os estados, acima apenas do Piauí (- 7%). No Brasil, os serviços acumulam recuo de 0,1% em 2020. 

Queda em todas as atividades
A queda no volume do setor de serviços no estado é resultado de um recuo em todos os cinco grupos de atividade que são contabilizados pelo IBGE.

Os serviços prestados às famílias caíram 35,8%, maior queda considerando todos os meses analisados pela PMS desde 2012. Essa foi a área que exerceu maior influência no resultado. A queda foi motivada pela paralisação das atividades de restaurantes e hotéis, entre outros, avalia o IBGE.

O segundo maior recuo é da área de outros serviços, que caiu 15,9% e já vinha de queda de 20,1% em fevereiro. 

Contudo, a segunda maior contribuição para o resultado ruim do setor no mês é da área de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio. A queda foi de 8% nesse setor, que é o segmento de maior peso para os serviços na Bahia. 

Houve impacto do transporte áreo, além do transporte rodoviário, dois setores impactos pela pandemia do novo coronavírus. (Correios)

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