Estável desde dezembro do ano passado e atualmente representando 78,3% das famílias, o endividamento das famílias deve voltar a crescer em julho. A previsão é da Confederação Nacional do Comércio, por meio da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic). O grupo dos que se consideram muito endividados atingiu 18%, maior índice desde agosto do ano passado.
A pesquisa da CNC apontou ainda um impacto maior do endividamento na classe média.
“A alta dos juros tende a ter maior influência nas contas da classe média, enquanto o incremento de políticas voltadas para os benefícios sociais tem reflexo nas faixas de menor renda. Isso explica, em boa parte, os resultados da Peic de maio”, afirmou o presidente da CNC, José Roberto Tadros.
Em contrapartida, a Peic registrou estabilidade entre os consumidores com dívidas atrasadas em maio (29,1%) – a média trimestral é de 29,2%. “A cada cinco famílias inadimplentes, uma afirmou que não conseguirá pagar dívidas de meses anteriores. Os juros elevados dificultam o pagamento da dívida atrasada, pois pioram as despesas financeiras”, ressalta Izis Ferreira, economista da CNC responsável pela pesquisa. (bahia.ba)