A pandemia da Covid-19 enriqueceu, ainda mais, os 10 homens mais ricos do mundo e levou mais pessoas a viver na pobreza, de acordo com novo relatório da organização não governamental britânica Oxfam, intitulado Desigualdade Mata.
Após os dois primeiros anos da pandemia, o patrimônio das 10 pessoas mais ricas do mundo atingiu um montante superior ao dobro das fortunas inicialmente contabilizadas. O total passou de US$ 700 bilhões para US$ 1,5 trilhão – o que, em moeda local, equivale a um aumento de R$ 3,8 trilhões para R$ 8,3 trilhões.
Segundo o relatório, nesse período, a renda de 99% da humanidade caiu, e mais de 160 milhões de pessoas foram empurradas para a pobreza, vivendo com menos de US$ 5,50 (R$ 30) por dia. Ademais, a queda na renda dos mais pobres do mundo pode ter contribuído para a morte de 21,3 mil pessoas por dia — ou uma pessoa a cada quatro segundos.
“A pandemia de coronavírus tornou-se efetivamente mais mortal, mais prolongada e mais prejudicial aos meios de subsistência por conta da desigualdade. A desigualdade de renda é um indicador mais assertivo do que a idade, para saber se você morrerá de Covid-19”, diz o relatório.
“Milhões de pessoas ainda estariam vivas atualmente se tivessem tido acesso a uma vacina, mas elas estão mortas, sem ter tido nenhuma chance, enquanto as grandes farmacêuticas continuam mantendo o controle monopolista dessas tecnologias. Esse apartheid de vacinação está tirando vidas e aumentando as desigualdades em todo o mundo”, acrescenta.
Fonte: Metrópoles