El Patron: PMs acusados de fazer parte de grupo miliciano na Bahia são transferidos para presídio federal

Se condenados pelos crimes cometidos, os PMs e demais investigados poderão cumprir penas máximas que, somadas, podem ultrapassar 50 anos de reclusão.

Foto: Reprodução

Três policiais militares presos na Operação El Patron foram transferidos para o presídio federal de Campo Grande (MS) nesta terça-feira (16), seguindo determinação da Justiça. A informação é do Ministério Público estadual.

A decisão levou em conta a periculosidade dos presos. As celas que os três ocupavam no Batalhão de Choque, em Lauro de Freitas (RMS), passaram por buscas. No local, foi encontrado um aparelho celular, que será periciado para extração e análise do seu conteúdo.

Jackson Macedo Araújo Júnior, Josenilson Souza da Conceição e Roque de Jesus Carvalho foram denunciados pelo MP, ao lado de mais 12 pessoas, como desdobramento da ‘Operação El Patron’. Eles respondem na Justiça por fazer parte de uma organização criminosa responsável por crimes de lavagem de dinheiro do jogo do bicho, agiotagem e receptação qualificada, cometidos na região de Feira de Santana.

Os três policiais fariam parte do núcleo armado do grupo, usando a violência para cobrar dívidas decorrentes das atividades ilícitas do grupo, principalmente a agiotagem e jogos de azar. Juntos, conforme as investigações, eles teriam movimentado quase R$ 15 milhões, além de serem proprietários de bens e imóveis não declarados, valor e patrimônio incompatíveis com a renda por eles declarada.

Na operação, seis pessoas foram presas preventivamente e cumpridos 35 mandados de busca e apreensão, com bloqueio de mais de R$ 200 milhões das contas bancárias dos investigados e o sequestro de 26 imóveis urbanos e rurais, além da suspensão de atividades econômicas de seis empresas. O MP diz que as investigações ainda estão em andamento para que se apure o possível envolvimento de outras pessoas.

Se condenados pelos crimes cometidos, os PMs e demais investigados poderão cumprir penas máximas que, somadas, podem ultrapassar 50 anos de reclusão. (Correio)

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