Em documento divugado pela Ferj nesta sexta-feira, os clubes do Rio que disputam a Série A do Campeonato Carioca pediram o retorno das atividades relacionadas ao futebol “o mais breve que lhes for possível”.
Entre os grandes houve divisão. Vasco e Flamengo participam da carta, mas Fluminense e Botafogo não assinam o documento. Ao GloboEsporte.com, o presidente alvinegro, Nelson Mufarrej, afirmou não concordar com o retorno às atividades no momento em que o país se aproxima do pico da epidemia.
– É questão de coerência ao nosso posicionamento público. Estamos próximos ao pico da pandemia, com o sistema público perto da asfixia e o que mais se fala é em lockdown. O futebol pode esperar. O retorno tem que ser orgânico. Respeito a atitude dos demais clubes, mas entendemos ser a hora de preservar a saúde de todos e por isso não assinamos – declarou.
O Fluminense mantém a postura de apenas se posicionar sobre o assunto caso as autoridades deem um aval para o retorno.
Os clubes que assinam a carta garantem que estão preparados para reiniciar as atividades em poucos dias, com “rigorosa vigilância” para evitar a exposição e a disseminação da covid-19. Mas afirmam também que respeitam a posição das autoridades.
Na última terça-feira, representantes dos clubes de menor investimento tiveram uma reunião com o presidente da Ferj, Rubens Lopes, e se comprometeram a contratar empresas para fazer a sanitização e higienização dos ambientes que vão receber os atletas.
Por sua vez, a Ferj prometeu tentar interlocução com as autoridades do Governo do Estados e prefeituras para conseguir a liberação, já que, por enquanto, ainda estão vetadas atividades esportivas. Mas os clubes consideram que podem sensibilizar as autoridades, pois restam poucos jogos para a conclusão do estadual – faltam duas rodadas da Taça Rio e as finais.
PLANO DE JOGOS
A Ferj está estudando um plano de volta aos jogos com estratégia para reduzir o risco de contágio e disseminção do coronavírus. A princípio, os jogos seriam realizados em apenas três estádios – Maracanã, Nilton Santos e São Januário – e com redução do quadro de pessoas trabalhando na operação das partidas e nas comissões dos clubes. (Globo Esporte)