Em recuperação judicial, Americanas faz acordos com Itaú e Santander

Partes enviaram petição conjunta ao Judiciário suspendendo processos por 30 dias; acerto semelhantes foi fechado com o BTG

Foto: assessoria/ Americanas

Em recuperação judicial desde janeiro, a rede de varejo Americanas fez um acordo com vistas à suspensão de ações judiciais envolvendo também o Itaú e o Santander. Grupo empresarial e bancos pediram ao Judiciário a interrupção por 30 dias dos processos, “diante das recentes e relevantes decisões proferidas tanto nos autos da recuperação judicial do Grupo Americanas, como nos demais processos a ela correlatos”. Acordo semelhante foi firmado com o BTG.

Em 20 de março, a rede que tem como principais donos os bilionários Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira apresentou uma proposta de recuperação na 4ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro. Nela, os três magnatas injetariam R$ 10 bilhões na companhia, cerca de 25% do total de débitos junto a 16 mil credores.

O restante têm previsão de pagamento com a venda de ativos de R$ 2 bilhões, emissão de debêntures em R$ 5,9 bilhões, conversão da dívida em ações e parcelamento até 2043. O plano pode ser modificado nas negociações. Recentemente, os acionistas de referência sinalizaram aumentar o aporte para R$ 12 bilhões. O montante pode subir até R$ 14 bilhões, aproximando a varejista do aceite dos credores. Em torno de 75% do débito global são referentes a financiamentos bancários.

As Americanas entraram em parafuso a partir de 11 de janeiro deste ano, quando o ex-CEO Sérgio Rial anunciou em fato relevante ao mercado que a empresa tinha cerca de R$ 20 bilhões em dívidas não contabilizadas no balanço. Em menos de 10 dias, as ações caíram de R$ 12 para menos de R$ 1. Fonte: CNN Brasil

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