Ao todo, 272 acampamentos de garimpeiros ilegais foram destruídos na Terra Yanomami desde janeiro em operação conjunta da Polícia Federal (PF) e outras organizações para acabar com a crise de saúde no território. A informação foi divulgada nessa quinta-feira (13) pelo Ministério da Justiça.
A Polícia Federal ficou responsável, a partir de 23 de janeiro, pela investigação determinada pelo Ministério da Justiça para apurar as responsabilidades e punir os culpados. Maior território indígena, a Terra Yanomami enfrenta uma crise sanitária e humanitária com casos graves de desnutrição e malária entre os indígenas devido ao avanço do garimpo ilegal.
Em relação ao espaço aérea, a pasta afirmou que o número de voos caiu de 30 para dois por dia, em média. Outra redução foi a do número de garimpeiros: os antes 15 mil estimados agora não chegam a mil, segundo o Ministério. Além de desestruturar os garimpos, a operação efetuou prisões de envolvidos em empresas clandestinas, identificou mais criminosos e avançou no mapeamento sobre o destino do ouro ilegal.
Além da PF, também participam da Operação Libertação a Polícia Rodoviária Federal, Ibama, Forças Armadas, Força Nacional de Segurança Pública e Funai. O Ministério da Justiça trabalha na expulsão dos garimpeiros invasores desde o dia 20 de janeiro, quando foi aberto o inquérito policial para apurar os crimes de genocídio e contra o meio ambiente na região. (Bahia.ba)