A mãe de uma estudante de 14 anos com autismo, Jandira Oliveira, denunciou uma escola pública de Feira de Santana para proibir seu filho, Pedro, de levar lanche de casa. Desde o início do ano, Pedro, que tem sensibilidade alimentar devido ao autismo, comia fora do refeitório para evitar o cheiro de alimentos fortes, como o feijão. No entanto, na semana passada, a escola informou à família que o garoto não poderia mais levar seu lanche caseiro.
Jandira relatou que, ao questionar a escola sobre a nova regra, foi tratada com desrespeito pela diretora, que sugeriu que a mãe procurasse uma escola particular. Revoltada, a genitora apresentou sua experiência nas redes sociais, onde o post recebeu mais de sete mil curtidas.
A Secretaria da Educação do Estado (SEC) abriu um processo para apurar o caso e o vice-diretor do Instituto de Educação de Tempo Integral Gestão Guimarães assumirá temporariamente a gestão da unidade escolar. Jandira também apresentou uma ocorrência ao Conselho Tutelar e ao Núcleo Territorial de Educação. Pedro não frequentou a escola esta semana devido à situação, e seus pais intensificaram o acompanhamento terapêutico.
A Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista garante atenção integral às necessidades de saúde, incluindo alimentação adequada. A previsão é que Pedro retorne à escola na próxima segunda-feira (26).