‘Estamos atirando menos’, diz comandante geral da PM-BA sobre programa anti-stress

Foto : Tácio Moreira/ Metropress

Ocomandante geral da Polícia Miliar da Bahia, coronel Anselmo Brandão, afirmou, em entrevista à Rádio Metrópole, na manhã de hoje (5), que o programa que visa controlar o nível de estresse de policiais, em parceria com a ONG “Arte de Viver”, tem diminuído os números de disparos feitos por policiais, além dos conhecidos “Autos de Resistência”, em unidades da capital baiana.

Ele explica que o programa utiliza técnicas de respiração para chegar ao controle emocional.

“É um curso de quatro dias para você aprender a respirar. É fantástico. Os policiais estão dormindo melhor. Uns estão deixando de tomar medicamento ansiolítico. Melhora muito o foco na rua. Tem unidade em que estamos atirando menos, diminuindo os AR’s (Autos de Resistência). A conversa e o diálogo são melhores”, argumentou o coronel .

Brandão esteve durante 12 dias nos Estados Unidos para apresentar as experiências da PM baiana Bahia com o programa.

“Aqui na Bahia, em dois anos, nós já capacitamos dois mil policiais e resultados foram surpreendentes”, informa o comandante, que foi a quatro estados para conversar com policiais americanos sobre o programa.

O comandante da polícia baiana avalia que o principal problema dos EUA – que registrou dois ataques com 29 mortos no fim de semana – não é necessariamente o acesso a armas, mas a saúde mental da população.

No entanto, ele acredita que a aquisição do armamento deve ser limitada, porque pode facilitar o uso para crimes e até mesmo para o suicídio.  

“(O Brasil) está indo pelo mesmo caminho, infelizmente. Acho que não é por aí. Tanto que ouvi uma declaração do presidente dizendo que não tem nada a ver (desarmamento para evitar ataques). Como não tem nada a ver? Claro que tem a ver. É a mesma coisa do suicida. Temos dados na nossa corporação e em instituições que têm acesso a elementos que a pessoa venha a morrer. Por exemplo, na polícia, o índice de suicídio é maior porque temos policial com forte acesso a ela (arma)”, exemplifica. 

(Metro1)

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