Exportações baianas apresentam queda de 4,2% em agosto; Importações crescem 41,8%

Foto: Reprodução / Agência Brasil

Depois de registrar crescimento por dois meses consecutivos e se recuperar dos efeitos da greve dos caminhoneiros, as exportações baianas voltaram a recuar 4,2% em agosto, para US$ 853,2 milhões, quando comparadas a igual mês de 2017. As importações por sua vez, cresceram de forma robusta pelo segundo mês consecutivo, alcançando em agosto US$ 908,7 milhões, 41,8% acima do mesmo mês do ano passado. Os dados foram analisados pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI). Um fator significativo para a queda das exportações foi o desempenho negativo das vendas do setor automotivo. Em agosto, o desempenho apresentou uma redução de 23,2%, reflexo da crise na Argentina que levou à desvalorização do peso em relação ao dólar ainda no início de maio. Os automóveis representam 70% dos embarques para o país, que devem recuar sob o efeito do agravamento do cenário econômico. Também em agosto, houve queda de 19% nas exportações baianas para a Argentina, enquanto nos oito meses do ano, já houve reversão do crescimento apresentado no primeiro semestre, com redução de 0,5%. O quadro argentino deve contribuir ainda mais para a perda de fôlego das exportações de manufaturados baianos, que até o mês passado apresentou recuo de 3,5%, comparados ao mesmo período de 2017. As vendas do setor de petróleo e derivados também apresentaram queda de 54%; algodão teve -65,2%; derivados de cacau -15% e minerais -73%. Por outro lado, as exportações do complexo soja continuam em alta com crescimento de 21,3% em agosto e de 17,1% no ano. Quatro meses após o pico de safra, o fluxo de soja em direção aos portos começa a diminuir, mas as mais de 3 milhões de toneladas embarcadas já constitui recorde histórico para as exportações do setor. 

IMPORTAÇÕES

No mês passado, as importações foram impulsionadas pelos combustíveis, que subiram 286,5% em comparação ao ano anterior, principalmente pela compra de gás e nafta. Também cresceram as importações de bens de capital (+60,4%), bens intermediários (+17,3%) e bens de consumo (+3%). Com os resultados apurados até o mês de agosto, a Bahia acumula um superávit de US$ 390,6 milhões em sua balança comercial. As exportações alcançaram US$ 5,4 bilhões e estão 3,2% acima de igual período de 2017, enquanto que as importações foram de US$ 5 bilhões, estando 7,8% maiores se comparadas ao período de janeiro a agosto do ano passado. (BN)

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