Hospital se recusa a colocar DIU em paciente por ser uma instituição católica

Procedimentos contraceptivos são realizados apenas em risco de morte

Pedro Guerreiro/Ag. Pará

A produtora de conteúdo Leonor Macedo, 41 anos, foi surpreendida quando, durante uma consulta com uma ginecologista em que ela avaliava a possibilidade de colocar o dispositivo intrauterino (DIU), como método contraceptivo, na manhã de segunda-feira (22) no Hospital São Camilo, foi informada que por diretrizes religiosas o procedimento não poderia ser feito na instituição.

Macedo foi para casa e expôs o caso no X (antigo Twitter) em um relato que até a publicação desta reportagem já havia alcançado centenas de milhares de pessoas.

À CNN, a jornalista relatou choque e cerceamento sobre a liberdade de escolha com o próprio corpo. “Me senti cerceada do meu direito legal de cuidar do meu corpo. Eu senti que nada tá bom. Se você busca um método para não engravidar, você está errada. Se você aborta, você está errada. No nosso país, você só tem uma opção: fecundar”, desabafa.

Em nota à CNN, o hospital informou que “por ser uma instituição confessional católica, tem como diretriz não realizar procedimentos contraceptivos, em homens ou mulheres. Tais procedimentos são realizados apenas em casos que envolvam riscos à manutenção da vida.” (CNN)

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