Irmã Dulce é homenageada em cartaz da Campanha da Fraternidade de 2020

Irmã Dulce é homenageada em cartaz da Campanha da Fraternidade de 2020 — Foto: Reprodução/Redes Sociais
Irmã Dulce é homenageada em cartaz da Campanha da Fraternidade de 2020 — Foto: Reprodução/Redes Sociais

Irmã Dulce será homenageada na Campanha da Fraternidade de 2020 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Ela será a primeira mulher nascida no Brasil que se tornará santa, será canonizada no dia 13 de outubro de 2019, em uma celebração presidida pelo Papa Francisco, no Vaticano, em Roma.

A informação foi divulgada pelas Obras Sociais Irmã Dulce (Osid), em um post no Instagram, na quarta-feira (21). O cartaz mostra um desenho de Irmã Dulce, junto com crianças e idosos, nas ruas do centro Histórico de Salvador.

O cartaz da campanha, que tem o tema “Fraternidade e vida: dom e compromisso”, faz referência a uma parábola da bíblia do bom samaritano.

A celebração de canonização de Irmã Dulce será presidida pelo Papa Francisco. Em 14 de outubro, dia seguinte à cerimônia, será realizada uma missa na Igreja de Santo Antônio dos Portugueses, em Roma, na Itália, para agradecer ao dom de Irmã Dulce. Em Salvador, a celebração será na Arena Fonte Nova, no dia 20 de outubro.

O arcebispo de Salvador e Primaz do Brasil, Dom Murilo Krieger afirmou que a Irmã Dulce levará o nome santo de Santa Dulce dos Pobres, e que seu dia será celebrado sempre em 13 de agosto, a partir de 2020.

Irmã Dulce é a primeira mulher nascida no Brasil que se tornará santa. A canonização foi anunciada em maio deste ano, quando um segundo milagre atribuído à religiosa, também conhecida como “O Anjo bom da Bahia”, foi reconhecido.

Para a solenidade, o cerimonial do Vaticano disponibilizou 15 mil convites para os brasileiros que quiserem assistir à cerimônia do Anjo Bom da Bahia. Quem tiver interesse em saber os valores dos pacotes de viagens, pode entrar em contato pelo endereço: [email protected].

Canonização

Irmã Dulce é a primeira mulher nascida no Brasil que se tornará santa — Foto:  Reprodução/Site da Osid
Irmã Dulce é a primeira mulher nascida no Brasil que se tornará santa — Foto: Reprodução/Site da Osid

A canonização de Irmã Dulce será a terceira mais rápida da história (27 anos após seu falecimento), atrás apenas da santificação de Madre Teresa de Calcutá (19 anos após o falecimento da religiosa) e do Papa João Paulo II (9 anos após sua morte).

Três graças alcançadas por devotos, após orações a Irmã Dulce, estavam sendo analisadas pelo Vaticano, com vista no processo de canonização da religiosa. Esses três casos foram enviados ao Vaticano pelas Obras Sociais Irmã Dulce (OSID), em 2014, após análise de profissionais da própria instituição.

O primeiro milagre foi reconhecido em outubro de 2010, quando Irmã Dulce foi beatificada. Depois disso, iniciou-se o processo para buscar a canonização, quando a pessoa passa a ser considerada santa pela Igreja Católica.

O Vaticano tem quatro exigências quanto à veracidade da graça, até ser considerada milagre: ser preternatural (a ciência não consegue explicar), instantâneo (acontecer imediatamente após a oração), duradouro e perfeito.

Frei Galvão, conhecido pelas pílulas milagrosas que, segundo a fé católica, têm poder de cura e que nasceu em 1739, em Guaratinguetá, no interior de São Paulo, foi o primeiro santo nascido no Brasil a ser canonizado, em 11 de maio de 2007, pelo então Papa Bento XVI.

Madre Paulina, que morava em Santa Catarina, também foi canonizada e ficou conhecida como a primeira santa do Brasil. Ela, no entanto, nasceu na Itália e só veio morar no país com a família aos 10 anos. Com isso, Irmã Dulce se tornará a primeira santa nascida no Brasil. (G1/Ba)

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