Janones admite xingamento a Nikolas Ferreira e nega teor homofóbico do apelido “chupetinha”

O tema voltou a ser pauta da CCJ nesta quarta-feira (29)

Foto: Câmara dos Deputados/Pablo Valadares/Câmara dos Deputados

O deputado federal André Janones (Avante-MG) admitiu nesta quarta-feira (29) ter usado o microfone na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, na terça (28), para chamar o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) de “chupetinha”. O tema voltou a ser pauta na CCJ durante sessão desta quarta, quando deputados passaram a debater as ofensas do dia anterior antes do início das votações.

“Quem usou essa expressão fui eu e continuarei fazendo enquanto alguns nessa casa poderem se utilizar e palavras de baixo calão pra chamar o presidente Lula de ‘nove dedos’ (…) eu também estou autorizado a fazê-lo. Não sou mais nem menos deputado que nenhum dos senhores”, declarou.

O deputado destacou ainda que o uso do termo não tem conotação homofóbica e explicou os motivos de manter o apelido. “Venho de Minas Gerais, assim como o deputado Nikolas Ferreira. Lá em Minas, Nikolas Ferreira é tratado como chupeta, esse é o apelido. E não tem nada a ver com homofobia, não vamos transformar um problema sério como é a homofobia no nosso país em que milhares de homossexuais são assassinados e são vítimas de ódio com um apelido”, disse.

A ofensa ocorreu durante um tumulto na sessão convocada para ouvir o ministro da Justiça, Flávio Dino. Nikolas queria autorização para falar, mas era interrompido por outros parlamentares. A fala de Janones chegou a ser atribuída inicialmente nas notas taquigráficas, de forma equivocada, ao presidente da CCJ, deputado Rui Falcão (PT-SP). O documento foi atualizado ao fim da noite – Falcão estava com o microfone desligado no momento da ofensa. (Metro1)

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