A jovem de 19 anos, Ana Júlia Barbosa, teve sua vida completamente modificada após um mal súbito que resultou em uma trombose com embolia pulmonar maciça pulmonar. Um ano depois do ocorrido, Ana, natural de Feira de Santana, se encontra em estado vegetativo e a família busca recursos para manter o home care.
Ao site Acorda Cidade, a mãe da jovem, Thayse Barbosa, explica o que ocasionou o estado de saúde da filha. “Ela acordou para urinar, caiu no meio da casa e até hoje não levantou. Ela não fala, não anda, só move mesmo a cabeça. Na época ela estava com 18 anos, atualmente ela está com 19 anos. De lá pra cá ela está em internamento domiciliar, com técnicos, fonoaudiólogos, fisioterapeutas que são por conta do home care. Mas outras coisas como fraldas, medicamentos que são muito caros, é por nossa conta”, relata.
Atualmente, a família encontra dificuldades para manter o tratamento de Ana Júlia. Além disso, o tratamento que poderia devolver à jovem alguns movimentos corporais, não cabe no orçamento familiar. Entre medicamentos e produtos hospitalares, a mãe buscou recursos como o Cad Único para receber auxílio governamental, mas alega que enfrentou dificuldades devido a problemas no sistema. “A gente foi no Cras para regularizar o Cad Único dela, e lá me informaram que eu teria que aguardar porque estava fora do sistema e eles não teriam o que fazer. Demos entrada no INSS, mas dependemos realmente do Cras para poder cadastrar o CadÚnico dela”, explicou.
“Estou com dificuldades de comprar os medicamentos, são vários. Eu cheguei a ir na Dires [Diretorias Regionais de Saúde], e eles pediram para escolhermos apenas um medicamento. Tem mais de um mês que eles liberaram e nunca nos deram esse remédio. Ela gasta uma caixa com trinta comprimidos, o equivalente a sete dias e meio. Cada caixa do medicamento chega a custar mais de R$200, o home care é a nossa salvação”, contou Thayse. No momento, a família disponibilizou uma vaquinha para ajudar nos custos de manutenção para os cuidados de Ana Júlia.
Com relação ao atendimento no CRAS, a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social de Feira de Santana (Sedeso) informou que o problema no sistema já foi sanado e que a Secretaria deve entrar em contato com a família para mais detalhes. A Dires, por sua vez, afirma que apura a situação e que ainda não há data para o repasse do medicamento. (BN)