O cientista político e colunista do A Tarde, Claúdio André, avalia que a reaproximação do PT com o MDB ao escolher o presidente da Câmara de Salvador, Geraldo Jr, como vice na chapa de Jerônimo Rodrigues surge com a necessidade de ocupar o espaço deixado pelo PP. “A atração do MDB ocorre como uma espécie de ‘reposição de estoque’ no espaço político deixado pelo Progressistas (PP) ao sair do governo. O primeiro não possui o tamanho eleitoral do segundo, mas é a aquisição de um partido com muitos diretórios e lideranças políticas na Bahia, assim como verba de fundo partidário e eleitoral”.
Em entrevista à TV Itapoan, o governador confirmou a reaproximação com o MDB baiano, com quem o PT da Bahia volta a se aliar após a ruptura com o vice-governador João Leão (PP) e o desembarque do apoio progressista no pleito de outubro, que acabou por embarcar na candidatura de ACM Neto (UB).
Até as eleições municipais de 2020, PT e MDB estiveram em campos opostos em cidades de grande importância no cenário estadual. “O maior desafio da aliança a curto prazo é realinhar o partido a base governista do PT, já que ele foi nas últimas eleições um ferrenho opositor aos petistas, vide as eleições de Salvador, Feira de Santana e Vitória da Conquista, os três maiores colégios eleitorais do estado”, avaliou o cientista.
“Teremos um Geraldo na vice-presidência e um na vice-governadoria”, disse Rui durante a entrevista ao se referir ao time de “Geraldos” do seu partido, fazendo alusão ao nome do ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSB), que será o vice na chapa presidencial do ex-presidente Lula (PT). (Atarde)