Em visita, neste domingo, a sede do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), o presidente Luíz Inácio Lula da Silva evitou comentar o desdobramento da discussão interna do governo sobre eventual mudança na meta de zerar o rombo das contas públicas em 2024.
No primeiro dia de provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), o presidente foi questionado pela imprensa sobre a mudança no compromisso fiscal e respondeu, “meta fiscal me pergunta na segunda-feira, hoje é dia de Enem”.
O governo está sendo questionado, desde o último dia 3, quando o presidente contrariou a equipe econômica ao declarar que um déficit de 0,25% do PIB seria aceitável e o compromisso de zerar o rombo fiscal seria dificilmente atingido em 2024.
As declarações de Lula foram ao encontro do pronunciamento unificado da equipe econômica, que defendia em discurso zerar esse saldo negativo das contas públicas. Com isso uma nova possibilidade passou a ser considerada internamente no governo, a mudança no alvo para um déficit entre 0,25% e 0,5% do PIB.
O bloqueio do recurso em 2024 é uma preocupação para Lula, mas o ministro da Fazenda, Fernando Haddad tenta convencer o presidente a continuar com a meta de zerar o déficit para o ano que vem, pois existem medidas de arrecadação tramitando no Congresso que podem evitar o temido cenário.
A proposta de tributação de grandes empresas com benefícios fiscais de ICMS, é uma dessas medidas. O governo que urgência na apreciação da Medida Provisória (MP) que caduca no fim do ano. Esta MP pode garantir mais de R$ 35 bilhões em 2024. (Metro1)