A multinacional brasileira Ambipar tem desempenhado um papel crucial na limpeza dos estragos causados pelos furacões Helene e Milton nos Estados Unidos. Através de seu braço de resposta a emergências, a empresa vem atendendo indústrias, hospitais, resorts e serviços públicos, incluindo o aeroporto de Tampa, na Flórida. No entanto, o foco principal das operações está nas áreas afetadas pelas enchentes na Carolina do Norte.
Cerca de 50 profissionais foram mobilizados para atender aproximadamente 30 clientes, com equipes destacadas de estados como Texas, Dakota do Norte e Colorado. Segundo Pablo Pinochet, responsável pela operação da Ambipar nos EUA, os desastres climáticos têm tornado o trabalho mais complexo e prolongado. “Ainda estamos trabalhando nos danos causados pelo furacão Helene, e agora chegou o Milton”, afirmou.
Pinochet ressaltou que a fase pós-furacão é muitas vezes mais perigosa do que a preparação anterior ao evento. “Muitas mortes e acidentes acontecem porque a percepção de risco diminui e as pessoas se expõem mais. Riscos elétricos e água contaminada são alguns dos perigos que enfrentamos”, explicou. Além disso, se houver substâncias químicas ou materiais perigosos envolvidos, a resposta pode durar de dias a meses, dependendo da gravidade.
A Ambipar é especializada em lidar com produtos tóxicos, como combustíveis, e possui um centro de treinamento em Pueblo, Colorado, voltado para emergências com substâncias perigosas. Além dos desafios operacionais, a empresa identificou outro perigo nas recentes tragédias: a disseminação de desinformação. Com as eleições presidenciais americanas se aproximando, boatos falsos sobre a resposta governamental aos furacões Helene e Milton se espalharam, complicando ainda mais a gestão dos desastres.