Depois de afirmar que pediria ao Senhor do Bonfim pelo andamento das obras Salvador-Itaparica, o governador Jerônimo Rodrigues (PT) afirmou ter feito tudo que era possível para o início da construção, na Lavagem do Bonfim, nesta quinta-feira (11). A primeira etapa da obra, que consiste na sondagem de águas rasas e profundas realizada por navios chineses, teve data fixada por Jerônimo entre os dias 6 e 8 de janeiro, mas não aconteceu. Questionado, o governador se esquivou da responsabilidade do novo atraso e afirmou que a gestão terá de aguardar.
“Ontem eu vi imagens de fotos do transporte das máquinas que vão fazer a sondagem. Então, nós temos que aguardar porque fizemos tudo que tinha de ser feito. Eu me reuni, eu fui à China. Fiz reuniões com a embaixada chinesa com Lula e com o ministro Rui Costa. […] Já antecipamos obras na ilha como criação de pelotões, comandos de polícia, delegacias e novas escolas. Vamos aguardar e o que nos resta agora, se houver algum imprevisto, é buscar a lei ou algo legal”, afirma Jerônimo.
A ponte Salvador-Itaparica é um projeto antigo e ainda no governo de Jaques Wagner, que hoje é senador foi prometida para o ano 2013. A obra estava orçada inicialmente em R$ 5,4 bilhões, mas saltou para R$ 13 bilhões. O ex-governador Rui Costa chegou a colocar a culpa do aumento nos altos preços do setor de construção civil durante a pandemia. Mesmo com os repetidos adiamentos, Jerônimo afirma estar confiante para o início da obra em janeiro ou, no mais tardar, em fevereiro. O governador confirmou a ponte como um alvo de pedido para Senhor do Bonfim, mas fez questão de destacar que a prece não vem desacompanhada de esforço e citou outros pedidos principais para serem realizados na Colina Sagrado
“Eu fiz a minha parte desde o dia 1º de janeiro de 2022 e antes disso, já na transição, construindo um ambiente para que a ponte pudesse sair. […] De lá para cá, houve muito pedidos e eu guardo no coração, ao menos, três. Vou pedir paz no mundo porque não dá mais para conviver com guerra. Depois, por essa situação da seca no estado e fazer um programa para poder ajudar as pessoas, colocando alimentação animal para que a gente não perca mais produção. E vou pedir também que, no ano eleitoral, o povo tenha condição de escolher bons vereadores e bons prefeitos em toda a Bahia”, completa,
No mês passado, de acordo com a União dos Prefeitos da Bahia (UPB), 160 cidades decretaram estado de emergência por conta da crise hídrica. A seca afeta, principalmente, cidades do Semiárido e das áreas de Mata Atlântica.
por Wendel de Novais / Correio 24h