“Não decidirei sob pressão”, afirma Rui sobre o carnaval

Foto: Paula Froes/Govba

O governador Rui Costa (PT) informou que não vai se precipitar em relação a qualquer anúncio sobre o Carnaval. Em entrevista para a Rádio Sociedade na manhã desta terça-feira (30), o chefe do Executivo da Bahia, manteve a cautela em relação a realização da festa.

“Não decidirei sob pressão. Estamos avaliando a situação no mundo e na Bahia. Muita gente tem comparado o público nos estádios com o Carnaval. Uma coisa é ter 20 ou 30 mil pessoas, por mais que se aglomerem em algum momento, outra é ter 3 milhões de pessoas. Decidir nesse ambiente seria de extrema irresponsabilidade. Seria jogar todo o esforço fora. Os comerciantes, trabalhadores, a economia sofreram muito durante a pandemia. Seria jogar tudo fora por conta do evento festivo, por mais importante que seja, eu acho precipitado e eu não tomarei decisão precipitada. A vida em primeiro lugar”, disse o petista.

O governador também classificou como preocupante o fato de que cerca de 2 milhões de pessoas que já estão aptas a tomar a segunda dose da vacina contra a Covid-19 ainda não terem ido aos postos de saúda para completar a imunização.

Para Rui, com a nova variante do vírus, a Ômicron, as festas de final de ano também são fatores a mais para manter a precaução. “Essa nova variante já chegou ao Brasil e na África, já se tornou dominante. Vários países já fecharam as fronteiras, enquanto aqui, muitos querem fazer de conta que nada vai acontecer. Nós não queremo viver aquele drama social e econômico que vivemos em um passado recente, muito menos o drama de perder vidas humanas”.

Fiscalização

Durante a entrevista o governador fez um apelo para que as gestões municipais reforcem as fiscalizações nos eventos privados. Segundo ele, muitas festas acontecem sem o devido respeito as normas sanitárias.

“O setor de eventos pediu muito que a gente liberasse os eventos. Tenho recebido depoimentos que boa parte dos eventos não está exigindo sequer a vacinação para entrar. Se posso pedir alguma coisas aos prefeitos e prefeitas é que fiscalizem a entrada do público, que coloquem a vigilância sanitária para exigir o atestado de vacinação”, pontuou. (BN)

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