Oruam se revolta após prisão de MC Poze do Rodo

Foto: Reprodução

O cantor Marlon Brandon Coelho Couto, conhecido como MC Poze do Rodo, foi preso na manhã desta quinta-feira (29), por investigadores da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) da Polícia Civil do Rio de Janeiro (PCERJ). O artista é investigado por apologia ao crime e possível envolvimento com o tráfico de drogas.

A prisão ocorreu na casa do funkeiro, localizada em um condomínio de luxo no Recreio dos Bandeirantes, zona oeste da capital fluminense. A operação foi registrada em vídeo e divulgada pelo portal Leo Dias, mostrando Poze sendo algemado e conduzido à viatura.

Nas imagens, também é possível ver policiais revistando cordões de ouro e celulares do cantor, um deles com capa em formato de arma.

A repercussão da prisão gerou manifestações nas redes sociais. O também cantor Oruam, filho do traficante Marcinho VP — um dos líderes do Comando Vermelho, usou o Instagram para comentar o caso. “O Estado quer que nós se revolte”, publicou.

Em outro post, compartilhou uma conversa com sua mãe, Márcia Gama, que o alertou: “Meu filho, estou muito triste. Por favor, esses caras estão querendo fazer isso com você. Não dá brecha, Mauro. Evita”.

A prisão de Poze ocorre dias após a circulação de vídeos que mostram homens fortemente armados dançando com fuzis durante um show do cantor, na Cidade de Deus, no sábado (17).

As imagens, amplamente divulgadas nas redes sociais, mostram integrantes da plateia ostentando armamento pesado, o que levantou suspeitas de envolvimento com o tráfico.

Segundo nota da Polícia Civil, os agentes seguem analisando os registros do evento e trabalham para identificar os suspeitos. “Agentes analisam todos os elementos para identificar e responsabilizar criminalmente os envolvidos”, informou a corporação.

A apresentação de MC Poze aconteceu na véspera de uma operação da Polícia Civil realizada na mesma região, no dia 19, para fiscalizar uma fábrica de gelo usada por criminosos.

Durante a ação, o policial civil José Lourenço, da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), foi baleado na cabeça e morreu no Hospital Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca. O episódio acirrou ainda mais o clima de tensão entre as forças de segurança e facções criminosas na zona oeste do Rio.

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