Os casais que tiveram os bebês trocados em um hospital de Trindade decidiram morar juntos na casa de um deles até que seja divulgado o resultado do exame de DNA que vai determinar a paternidade de cada criança. O material genético foi colhido nesta segunda-feira (29) para ser analisado.
Os bebês nasceram no dia 9 de julho no Hospital de Urgências de Trindade (Hutrin) com poucos minutos de diferença. O caso foi descoberto após um dos pais desconfiar de um erro ao perceber que o neném dele e da esposa, que são morenos, nasceu branco dos olhos azuis.
O casal decidiu fazer um exame de DNA que comprovou que nenhum deles era pai biológico da criança com quem estavam em casa há quase 20 dias. Ao saber dessa desconfiança, outro casal que teve o neném no mesmo dia e no mesmo hospital, manifestou também a desconfiança pela falta de semelhança, mas que não conseguiram comentar nem mesmo entre si.
Murillo Marquez Praxedes Lobo e Aline de Fátima Bueno Alves moram em Santa Bárbara de Goiás e vão passar os próximos dias na casa de Genésio Vieira de Sousa e Pauliana Maciel Aguiar de Sousa, que moram em Trindade.
Após colher material para o exame, os casais foram à delegacia de Trindade para definir se os bebês seriam destrocados mesmo antes do resultado.
“A troca é o que eles [Genésio e Paulina] queriam, mas a gente não. A gente combinou que eu vou ficar na casa do Genésio até sair o resultado do DNA. É a melhor forma de as mães não sofrerem tanto. Agora vamos ter que conviver juntos para sempre, virou uma família enorme. Tive um filho e agora tenho dois”, disse Murillo, pai de um dos bebês.
Genésio, pai da outra criança, disse que apenas o exame de DNA vai poder confortar o coração das famílias.
“É muito desgastante. Psicológico, emocional abalado. É muito doído, muito constrangedor . O erro começo no Hutrin. O que fiquei sabendo foi através das pulseirinhas e as pessoas que estavam cuidando dos bebes e não quiseram reparar o erro no mesmo momento, mas não deram valor nos seres que estavam ali”
Ainda muito abaladas com a situação, as mães dos bebês não quiseram dar entrevistas. (G1)